A encaro por um momento, confusa, enquanto ela me observa de um jeito que me faz sentir como se estivesse sendo dissecada.

— Comigo? — Finalmente consigo dizer.

— Sim — ela confirma, simples. — Há uma sala de reuniões disponível?

— Eu… sim. A sala três está vazia.

— Ótimo. Vamos.

Não é um pedido. É uma ordem.

Pego meu celular e a sigo pelo corredor, sentindo as pernas tremerem. Meu coração bate tão rápido que tenho certeza de que ela pode ouvir.

“Calma, Ann. Respira. Ela só quer conversar.”

Mas algo me diz que não é uma conversa amigável.

Abro a porta da sala de reuniões e ela entra primeiro, escolhendo a cabeceira da mesa. Fecho a porta atrás de mim e hesito.

— Sente-se — ela diz, apontando para a cadeira ao lado dela.

Obedeço, coloco o celular sobre a mesa e entrelaço as mãos no colo para esconder o tremor.

Eleanor me observa por um longo momento, em silêncio. Uma tática de intimidação que está funcionando perfeitamente.

— Sabe por que estou aqui, Srta. Sterling? — Ela finalmente pe