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3. Minha Última Chance de Recomeçar

Preciso conseguir dinheiro o mais rápido possível.

— E… enviar — murmuro, clicando no botão para mandar o trigésimo currículo do dia. — Agora é só esperar.

Três dias se arrastam.

A primeira entrevista que consigo, depois de uma sequência de “infelizmente, seu perfil não foi selecionado”, é um desastre.

A gerente de RH me encara como se eu tivesse antecedentes criminais e faz perguntas nada sutis sobre minha “conduta profissional anterior”.

Na segunda tentativa, nem passo da recepção. A resposta vem assim que digo meu nome:

— A vaga já foi preenchida.

— Então por que me fizeram vir até aqui? — resmungo ao sair do prédio.

A terceira entrevista consegue ser ainda pior. O entrevistador passa metade do tempo olhando para os meus seios. E no final, solta a pérola:

— Até onde você está disposta a ir para conseguir a vaga? — diz, enquanto mexe no cinto com um sorriso nojento.

Me levanto e dou um tapa na cara dele, no impulso. Resultado: sou praticamente escoltada para fora da empresa.

— Ótimo. Agora mesmo que não consigo emprego em lugar nenhum — murmuro, frustrada.

E assim, os dias viram uma sequência de nãos, silêncios constrangedores e propostas absurdas. Quando percebo, já chegou a penúltimo dia da conta.

Será que eu vou ter que me meter em coisas ilegais para conseguir dinheiro? Não... balanço minha cabeça, tentando manter a sanidade.

O toque do celular interrompe meus pensamentos. Olho para o visor: número desconhecido.

— Ann Sterling? — uma voz feminina pergunta assim que atendo.

— Sim, sou eu.

— Meu nome é Kimberly, da Evermont Industries. Gostaríamos de convidá-la para uma entrevista para a vaga de assistente executiva. Seria possível comparecer amanhã às 9h?

— Claro, estarei lá — respondo, tentando não soar desesperada. — Pode me passar o endereço, por favor?

Faço anoto as informações e quando desligo, quase pulo de felicidade.

— Finalmente! — grito, encarando o celular.

Dessa vez deve dar certo. Deve.

As horas passam devagar, tamanha a ansiedade. A noite é ainda pior. Mal consigo dormir e acordo antes mesmo do despertador tocar.

Me arrumo com cuidado extra. Escolho uma roupa social neutra, prendo o cabelo num coque alto e capricho na maquiagem.

Ninguém precisa ver o quanto estou à beira do colapso.

Às 8h40 em ponto, estou em frente ao prédio da Evermont Industries, um dos mais imponentes da cidade.

Passo pelas portas de vidro com o coração acelerado e as mãos suadas.

Me sinto pequena caminhando pelo lobby de mármore, mas respiro fundo e me lembro: eu mereço estar aqui.

— Bom dia — digo à recepcionista. — Sou Ann Sterling, tenho uma entrevista para a vaga de assistente executiva.

— Trigésimo andar — ela responde, séria. — Vão orientá-la lá em cima.

Assinto e sigo para o elevador. Enquanto subo, repasso mentalmente todas as perguntas possíveis da entrevista.

Essa pode ser a minha última chance de recomeçar.

Assim que as portas se abrem no trigésimo andar, uma mulher loira, impecavelmente vestida, se aproxima com um sorriso simpático.

— Ann Sterling? — ela pergunta, estendendo a mão. — Sou Kimberly Brown. Nos falamos por telefone ontem.

— Prazer em conhecê-la — respondo, apertando sua mão.

— Sua entrevista será com o Sr. Prescott. Ele vai recebê-la em alguns minutos. Aceita um café enquanto espera?

Aceito, mais para manter as mãos ocupadas do que por vontade.

— Pode aguardar aqui — ela diz, indicando uma poltrona elegante. — Ele não deve demorar.

Kimberly se afasta, me deixando sozinha com meus nervos e uma xícara de café quase intocada.

Dez minutos se passam. Depois, quinze.

Quando começo a achar que essa será só mais uma perda de tempo, finalmente ouço passos.

— Srta. Sterling? — Kimberly retorna, sorrindo. — O Sr. Prescott vai recebê-la agora.

Me levanto, alisando a saia e respirando fundo. Seguimos por um corredor longo até uma porta de mogno com uma placa dourada: CEO.

Ela b**e e logo ouvimos um “entre” firme do outro lado.

— Sr. Prescott, a candidata à vaga de assistente executiva — ela anuncia, abrindo espaço para eu entrar antes de se afastar.

Dou um passo à frente… mas minhas pernas travam quando olho para dentro.

Atrás da mesa de madeira escura, vestindo um terno escuro impecável, está Nathan.

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