Capítulo 32 — A Fúria do Lobo e o Abrigo da Estranha
O salão principal de Varmond parecia ainda mais frio naquela manhã. As enormes janelas deixavam entrar uma luz pálida, que não aquecia nada. O eco das botas de Alastair riscava o chão de pedra com violência contida.
Ele não precisava dizer nada — seu semblante bastava para que os criados se afastassem em silêncio absoluto. O maxilar trincado, o olhar de gelo, o corpo inteiro tomado de uma fúria que parecia prestes a transbordar.
Parou no centro do salão. Virou o rosto para Beau, que o seguia com passo firme.
— Onde está Elizabeth? — a voz dele saiu rouca, tão baixa que parecia mais perigosa do que um grito.
Beau manteve a postura rígida, mas abaixou o tom ao responder:
— Ainda reclusa, meu senhor. Desde… o castigo. Não tem contato com ninguém.
Por um instante, Alastair cerrou os olhos. A chama vacilante da esperança de que a governanta pudesse trazer respostas se apagou tão rápido quanto surgira. Ele respirou fundo, o peito largo se