Capítulo 31 – A Caçada do Duque
O céu de Varmond se erguia pesado, cor de cinza sujo, como se quisesse desabar sobre todos que ousassem levantar a cabeça. A neve, fina e insistente, ainda caía em flocos dispersos, pousando sobre os ombros largos do Duque enquanto ele atravessava os portões da fortaleza.
O rangido das pesadas dobradiças pareceu mais alto naquele amanhecer. Mais agressivo.
Alastair adentrou sem hesitar, passos firmes, a capa encharcada arrastando rastros úmidos pelo piso de pedra. O cheiro de ferro e fuligem ainda grudava em sua pele — lembrança dos saqueadores que havia contido pessoalmente, do sangue seco nas mãos e da exaustão que se enraizava nos ossos.
Mas nada disso importava agora.
Tudo o que queria — talvez não admitisse nem a si mesmo — era entrar, tirar aquela maldita capa e encontrar Rudbeckia. Ouvi-la chamar-lhe idiota com aquela voz tão fria e tão viva. Provocá-lo com o queixo erguido e os olhos cristalinos que o encaravam como ninguém ousava.
Talvez até… d