O domingo amanheceu claro e promissor. Como não havia nenhum paciente hospedado na clínica, Clara se permitiu ficar um pouco mais na cama, enrolada nos lençóis, ouvindo apenas o canto distante dos pássaros e o barulho suave do vento batendo nas janelas.
A porta se abriu devagar, sem fazer barulho. A cabeça de Katiany surgiu pela fresta, os olhos tímidos, mas atentos. Assim que Clara a viu, colocou a coberta de lado e deu leves batidinhas no colchão ao seu lado. A menina correu até a cama e se jogou ali, aconchegando-se nos braços da mãe como quando era pequena.
— Bom dia, filha... Dormiu bem?
Katiany assentiu, escondendo o rosto no ombro de Clara.
— Não vai cavalgar com Tyler ou Leo hoje? Vai ser um belo dia, segundo a previsão do tempo.
— Eles me convidaram... Inclusive, a mãe do Leo nos chamou para almoçar com eles.
— E você não me disse nada? Por quê?
— Porque eu não queria ir, só isso.
Clara suspirou e afagou o cabelo da filha.
— Filha, eu sei que você está evitando os m