A porta do quarto estremeceu ao ser empurrada com violência contida. Lua adentrou, respiração acelerada, enquanto Pietro a seguia com passos que ecoavam no silêncio pesado. Seus dedos se apertavam em punhos, como se tentasse conter a tempestade dentro de si o olhar de lua era suplice, o de Pietro porém era frio e determinado e antes que ela falasse ele voltou a falar o que disse na empresa:
— Você me humilhou. Na frente de todos Lua, se deixou beijar por aquele idiota, como uma… uma… — a voz mais baixa que o habitual, estava carregada de algo entre descrença e rancor.
Apesar das palavras duras dele. Ela virou-se lentamente, encarando-o. Nos olhos úmidos, havia uma determinação que ele nunca vira antes.
— Não vou mentir mais. Nem para você, nem para mim.
— Mentir? — Pietro riu, um som seco e amargo. — Então essa foi a sua declaração da verdade? Beijá-lo como se eu não estivesse ali e…— A voz quebrou, e ele desviou o olhar para a janela, onde a noite escura refletia seu rosto