Depois da conversa difícil que teve com Pietro sobre o pedido de divórcio, Lua não foi à empresa. Não tinha cabeça para o trabalho, não depois de tudo aquilo. Sentada no sofá, perdida em pensamentos, revivia cada palavra dita. Foi nesse momento que Rodrigo apareceu na porta de sua casa.
Ele estava ansioso, o coração acelerado. Finalmente teria a chance de conhecer sua filha — e vê-la pessoalmente pela primeira vez.
Quando Lua o viu, ali no hall de sua casa ficou estática.
— Rodrigo? O que você faz aqui?
— Quero conhecer minha filha, Lua. E nem você, nem aquele idiota, vão me impedir de ver, de conhecer e de abraçar minha filha. Onde ela está? Sei que ainda não foi pro colégio, é muito cedo. — Ele então chamou, com a voz embargada pela emoção:
— Anaïs! Filha, vem cá, quero te ver!
— Rodrigo, por favor, fala baixo... ela pode te ouvir! Você não percebe que isso pode ser um choque pra ela?
— E até quando você vai esconder ela de mim, Lua? Se acredita, que pode fugir de mim