Depois do banho, ela vestiu uma camisa minha, que ficou ainda mais sensual e mais gostosa, sentamos na cama, comendo aos poucos, entre mordidas e olhares longos.
— E agora? — ela perguntou, limpando um canto da boca com os dedos. — Como a gente segue?
Suspirei, encarando o fundo da xícara de café. Não era uma pergunta simples. Mas ela merecia uma resposta honesta.
— Eu não faço ideia. Só sei que não quero te perder.
Ela me observou em silêncio, esperando mais.
— Sei que minha vida está uma bagunça. A empresa, meu pai, essa pressão toda... Mas com você ao meu lado, parece que tudo desacelera. Que eu respiro melhor. E isso... isso não é comum pra mim.
— Eu também não sei o que estou fazendo — ela confessou, baixando o olhar. — Só sei que com você... tudo parece certo, mesmo quando não é.
Me aproximei, tocando seu rosto.
— Então vamos fazer do nosso jeito. Sem manual. Sem medo. Só verdade.
Ela sorriu, e naquele sorriso havia algo que me desmontava por dentro. Paz. Desejo. Esperança.
Mas