A luz da manhã entrava preguiçosa pelas frestas da cortina. O quarto de Ethan era silencioso, acolhedor... e completamente impregnado do cheiro dele — amadeirado, quente, masculino.
Despertei devagar, os lençóis envoltos nas pernas, o corpo ainda colado ao dele. Estava deitada de lado, com a mão espalmada em seu peito nu, que subia e descia num ritmo tranquilo. O braço dele me envolvia pela cintura, e nossas pernas estavam entrelaçadas, como se nossos corpos tivessem aprendido a se encaixar perfeitamente durante a noite.
Por alguns minutos, fiquei ali, apenas sentindo. O calor. A respiração. A segurança.
— Bom dia — ele murmurou, a voz rouca, arranhando meu ouvido como um arrepio.
Sorri, ainda de olhos fechados.
— Bom dia.
Ele se mexeu, e senti o toque dos lábios dele no meu ombro, depois no pescoço, com uma lentidão quase torturante. Meu corpo respondeu no mesmo instante, como se tivesse esperando por aquele contato a noite inteira.
— Tenho uma confissão — ele disse, entre um beijo e