Jonathan caminha pelos corredores do hospital como quem atravessa um território estranho e silencioso. Tudo nele vibra com urgência, ele precisa vê-la, precisa olhar para Marta, mesmo que por segundos.
— Eu quero vê-la — diz à recepcionista da UTI, a voz firme, mas baixa, quase como um pedido.
A enfermeira olha os papéis à sua frente e balança a cabeça com delicadeza.
— Ela está na UTI adulta. O horário de visita é restrito. Só em duas horas, senhor.
Jonathan respira fundo. Fecha os olhos por um segundo. Queria vê-la, tocar sua mão, dizer que está ali. Mas não pode.
— E a minha filha? — pergunta, abrindo os olhos. — Eu posso ver minha filha?
A profissional consulta rapidamente a prancheta, depois assente.
— Pode. Venha comigo.
Islanne o acompanha até a entrada da UTI neonatal, e Jonathan sente o chão tremer sob os seus pés. Como se cada passo até ali estivesse prestes a redefinir tudo o que ele pensava ser.
Uma enfermeira se aproximou com um sorriso sereno, respeitando o peso daquele