O mundo parece prender o fôlego.
O vento sopra devagar, como se tivesse aprendido a respeitar o silêncio do Sítio dos Maia. Nem as folhas se movem, nem os pássaros cantam. Há um silêncio tão denso, tão dolorosamente vivo, que parece ter peso. É o tipo de silêncio que só nasce nos minutos que antecedem o adeus, o verdadeiro, o que arranca pedaços. O tempo, ali, não anda. Ele apenas observa, respeitoso.
A poeira da estrada ainda não subiu. Mas os olhos já marejam. Os corações estão apertados, e a garganta presa como se engolisse espinhos.
O fim chegou.
E por mais que todos soubessem que um dia ele viria, ninguém se preparou para a dor que isso traria. Ninguém quer soltar. Ninguém sabe como reagir.
Ravi está parado no meio do terreiro, imóvel. As mãos cerradas, o maxilar trincado, a respiração entrecortada. Ele tenta ser forte, tenta não desmoronar, apenas tenta. Mas seus olhos, tão azuis quanto a coragem que sempre carregou, vacilam. Procuram uma saída, um esconderijo… e então encontr