O céu começa a tingir-se de tons dourados quando Jonathan chega em casa. Está exausto, sim, mas a ansiedade de ver Marta tornava qualquer cansaço irrelevante. Passar o dia longe dela já era o suficiente para deixá-lo inquieto, como se faltasse algo em sua pele, no seu ar, no seu mundo.
Abre a porta e encontra o som suave de uma música ambiente e o aroma acolhedor de bolo assando. A luz do fim de tarde invade a mansão como um toque divino, e ele sente a alma aquecer.
— Marta? — chama, com um sorriso já querendo nascer.
Ela aparece no vão da porta da cozinha, com o cabelo preso de qualquer jeito e as mãos cobertas de farinha, usando um avental largo e o rosto corado.
— O senhor Schneider voltou mais cedo hoje? — provoca, com aquele olhar atrevido que só ela sabe fazer.
— Voltei pra você. Só isso importa.
Ela se aproxima, e ele a beija com urgência, como se o dia inteiro de saudade tivesse se concentrado naquele toque. Marta sorri contra seus lábios, mordendo o inferior com leveza.
— Vai