O sol nasce tímido sobre o pátio principal do Grupo Schneider.
A brisa fria da manhã serpenteia entre os galpões, arrastando consigo o cheiro de metal, óleo e promessas não ditas.
O som das empilhadeiras ecoa como um tamborilar distante, compondo uma trilha sonora que parece... calma demais.
Quase como se o próprio mundo prendesse a respiração.
Na sala da presidência, Jonathan assina relatórios enquanto observa Marta, sentada no sofá, folheando seu caderno de anotações.
De tempos em tempos, ele ergue os olhos, como se precisasse vê-la para acreditar que ela está ali, viva, respirando e sorrindo para ele.
— Vai ficar me vigiando o dia inteiro, Senhor Schneider? — Marta provoca, sem desviar o olhar das folhas.
Jonathan arqueia uma sobrancelha, deixando um sorriso brincar no canto da boca.
— Tentador... mas não. — responde, num tom de falsa resignação. — Hoje você tem reunião com Islanne no RH às dez. Eu vou ficar preso com uma pilha de contratos tão chatos que até as paredes vão querer