A mansão Schneider parece suspensa no tempo. A noite cai com a delicadeza de um véu sobre os jardins bem cuidados, e dentro da suíte principal, um universo inteiro pulsa entre os dois corpos, dois corações que quase se perderam.
Marta está sentada na beira da cama, com os olhos fixos em Jonathan e no pequeno anel que brilha na palma da mão dele. Há um turbilhão por trás daquele olhar, uma guerra travada entre orgulho ferido, amor profundo e a insegurança que ficou após a feridas mal cicatrizada.
— É sério? — ela pergunta, a voz embargada, quase como se quisesse acreditar, mas temesse ser enganada por ele.
Jonathan dá um passo à frente, os olhos mergulhados nos dela, a respiração presa.
— Mais do que tudo que já foi importante para mim na vida, Marta. Eu tô apostando meu mundo nisso. Apostando em nós dois.
Ela fecha os olhos por um segundo. Duas lágrimas escorrem, silenciosas, e ela sorri. Um sorriso pequeno, vulnerável, mas sincero.
— Então coloca logo esse anel no meu dedo, antes que