44. A Arte de Fingir Que Está Tudo Bem
Quando o caos finalmente cedeu espaço ao silêncio, senti os braços de Alexander envolverem meus ombros. Não era um abraço qualquer; era firme, quase possessivo, como se ele quisesse me impedir de desmoronar ali mesmo. Encostei a cabeça em seu peito, incapaz de lutar contra o conforto inesperado daquele momento.
Ele afagou meu cabelo com uma mão, enquanto a outra dava leves toques em minhas costas. Sua voz baixa e rouca soou no meu ouvido, causando uma reação involuntária que detestei admitir:
— Você foi corajosa hoje. Termine o que começou e vamos para casa.
Pisquei rapidamente, tentando segurar o que restava da minha dignidade.
— Já terminei.
Ele apenas assentiu, mas antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, virou-se para a mulher e o sobrinho que ainda estavam ali, observando a cena com olhares curiosos e, no caso dela, completamente desprovidos de emoção.
— Pode ir agora — sua voz não era cruel, mas havia algo nela que não deixava espaço para objeções. — E se