Priscila Narrando
Abri os olhos devagar, sentindo aquele calor gostoso do sol entrando pela fresta da cortina. Por um segundo, achei que ainda estava sonhando. Mas não… eu estava na minha cama, e o Everton ali, deitado ao meu lado, dormindo tranquilo. O peito dele subia e descia devagar, e só de olhar, meu coração já se enchia de uma paz que eu nem lembrava mais que existia.
Me espreguicei, tentando não fazer barulho, e levantei. Caminhei até o quarto do Luizinho só pra dar uma espiada. Ele ainda dormia, agarrado no travesseiro, os cílios longos descansando sobre as bochechas coradas. Sorri.
Desci pra preparar o café. A cozinha parecia mais viva com aquele clima leve, quase familiar. Peguei as frutas, fiz o suco, deixei o pão na sanduicheira e me peguei cantarolando baixinho. Era tão raro sentir essa normalidade que eu queria guardar cada segundo.
Quando o Everton apareceu, todo amassado de sono e com aquele sorrisinho de canto de boca, meu coração acelerou. Ele me puxou pela cintura