Bárbara Narrando
Eu sabia. Desde o momento em que Marcelo trouxe a ideia pra mesa, eu soube que daria certo. Brenda, claro, ficou meio insegura no começo — como sempre fica antes de fazer algo grande. Mas quando ela viu o olhar perdido da Ana Kelly depois da reunião, entendeu que a gente tinha vencido a primeira parte do jogo.
Agora, sentada no restaurante chique do térreo, com uma taça de vinho na mão, eu quase não conseguia conter o riso enquanto revia, na minha mente, cada segundo do circo que armamos.
— Vocês viram a cara do Anthony? — soltei, rindo de verdade dessa vez. — Parecia um moleque tomando esporro no meio do pátio da escola.
— Ele perdeu a pose — Brenda disse, se ajeitando na cadeira, com aquele sorrisinho maldoso que eu adorava nela. — Doeu no ego. E doeu na frente de quem mais importa: os investidores e os diretores do conselho.
Marcelo levantou a taça, brindando com a gente.
— E o melhor é que ele nem pode culpar ninguém. Foi a própria queridinha dele quem fez ele su