Mesmo relutante, Gael obedeceu, deixando que ela o conduzisse até o quarto. Enquanto o colocava na cama, ela percebeu que seu coração ainda estava acelerado pelas palavras dele. Ele a queria. Desejava-a. Mas ela sabia que não podia ceder... não daquele jeito, não enquanto ele estivesse vulnerável.
Ela ajeitou o lençol sobre ele e apagou a luz, murmurando antes de sair:
— Talvez um dia você perceba que não precisa me conquistar com palavras, Gael. Eu já estou aqui. E isso deveria ser o suficiente.
Mas ela sabia que, com ele, nada nunca seria tão simples.
Gael acordou com a cabeça latejando e a boca seca, murmurando algo incompreensível enquanto tateava ao redor em busca da bengala-guia. Antes que pudesse se levantar, Cecília apareceu à porta do quarto, com os braços cruzados e um olhar severo.
— Acordou? — Ela perguntou, a voz carregada de um misto de impaciência e preocupação. — Não sei como você esperava se sentir depois de encher a cara de uísque.
— Não começa, Cecília...