Gael Ferraz, um bilionário arrogante e impiedoso, foi moldado por um passado sem amor e um mundo onde o dinheiro compra tudo — menos felicidade. Quando ele conhece Cecília, uma jovem enfermeira corajosa que vive na favela, seu mundo de controle e frieza é abalado. Ela desafia sua autoridade, resiste a suas tentativas de comprá-la, e faz com que ele questione tudo o que acredita.Entre o luxo e a pobreza, orgulho e desejo, surge um intenso jogo de poder e paixão. Cecília, determinada a não se dobrar, e Gael, acostumado a ter tudo, precisam enfrentar seus passados e as barreiras entre seus mundos. Mas será que o amor pode sobreviver a tantos conflitos e diferenças?
Ler maisGael Ferraz caminhava lentamente pela orla de Copacabana, mas mal percebia o mar, o céu, ou as pessoas ao seu redor. Aquele dia, que se repetia todos os anos como uma maldição, trazia com ele uma dor sufocante, uma lembrança impossível de apagar. Era o aniversário da morte de sua mãe.Diferente de todos os outros dias, hoje ele decidira dispensar seus seguranças. Precisava ficar sozinho, sentir o peso da solidão que sempre o acompanhou, mesmo em meio à fortuna, aos negócios milionários e à bajulação constante daqueles que o cercavam. Hoje, nada disso importava. O CEO bilionário, sempre visto como frio e implacável, voltará a ser Gael, o garoto que, aos nove anos, viu sua mãe ser brutalmente assassinada diante de seus olhos.
A lembrança era tão vívida que o fazia estremecer. Ele conseguia ver com clareza o minúsculo apartamento onde viviam, o cheiro de cigarro e álcool impregnado nas paredes, e sua mãe, que sempre fazia o possível para protegê-lo. Ela era uma prostituta, e por isso a sociedade a desprezava. Mas para ele, ela era tudo o que tinha. Não era afetuosa, mas havia um certo amor na maneira como o defendia, como tentava mantê-lo longe dos perigos da vida que levava. Naquela noite, um dos vários clientes dela, tinha bebido demais e se tornou violento. Gael, escondido atrás da porta, observava impotente. Quando o homem começou a gritar e empurrar sua mãe, algo dentro dele rompeu. Ele saiu correndo, gritando para que parasse, se colocando entre os dois, tentando, com toda a inocência e coragem de uma criança, proteger a única pessoa que lhe importava no mundo e a única que ele tinha. O tapa veio tão rápido que Gael mal teve tempo de se preparar. O impacto o jogou contra a parede, sua visão ficou turva, mas ele ainda conseguia ver sua mãe correr até ele. "Deixa meu filho em paz!", ela gritou, com o desespero de uma leoa protegendo seu filhote. Mas antes que pudesse fazer mais alguma coisa, o homem desferiu um soco brutal em seu rosto, um soco que a jogou violentamente contra a quina da cômoda .Gael viu quando o corpo dela caiu no chão, imóvel. O sangue começou a escorrer, formando uma poça ao redor da cabeça dela. Ele gritou, correu até ela, mas já era tarde. O homem fugiu sem olhar para trás, e a polícia sequer se deu ao trabalho de investigá-lo. Para eles, ela era apenas mais uma prostituta morta, um caso insignificante em uma cidade onde tragédias como essa eram rotineiras. Anos se passaram desde aquela noite, mas a culpa nunca o abandonou. Ele se culpava por não ter sido forte o suficiente para protegê-la. Cresceu com essa dor, essa raiva, sendo depois jogado em um orfanato, onde aprendeu da maneira mais difícil que o mundo não era gentil. Só quando seu pai biológico , um homem que ele nunca conheceu, estava à beira da morte, foi que descobriram sua existência. O homem, um bilionário, o reconheceu como seu único herdeiro, e seus avós paternos o retiraram do orfanato. Mas não por amor. Eles não o queriam. Queriam apenas o controle da fortuna que agora, tecnicamente, pertencia a Gael. Criaram-no com frieza, sem carinho ou afeto, como um instrumento, uma peça que eles manipulavam. E Gael cresceu endurecido, aprendendo a confiar apenas em si mesmo, escondendo sua dor e amargura sob uma fachada impenetrável de poder e indiferença. Eles não o queriam. Tudo que eles desejavam era apenas o controle da fortuna que agora, tecnicamente, pertencia a Gael. Eles também não tinha amor pelo filho o oai de Gael sempre o viram como o banco ambulante depois do avô de Gael perder tudo que tinha em corridas de cavalo um hobby que acabou se tornando um vicio e o arruinou. Acabara assim ele e a esposa indo morar com o pai de Gael Arthur Ferraz. Criaram Gael com mais frieza do que Arthur ,principalmente por ele ser um bastardo quando muitas vezes o chamavam quando o repreendia . Ele foi criado sem carinho ou afeto, como um instrumento, uma peça que eles manipulavam. E Gael cresceu endurecido, aprendendo a confiar apenas em si mesmo, escondendo sua dor e amargura sob uma fachada impenetrável de poder e indiferença. O presente se misturava com o passado enquanto ele caminhava, perdido em suas memórias. Até que algo o tirou de seus pensamentos , um homem se aproximava rapidamente. Gael percebeu o perigo tarde demais. O assaltante puxou uma faca e exigiu sua carteira, mas o instinto de luta de Gael falou mais alto. Ele reagiu, como sempre fizera na vida, sem hesitação. Contudo, apesar de sua habilidade em defesa pessoal e artes marciais, o ladrão era ágil. A lâmina cortou seu braço antes que ele pudesse desarmá-lo. O homem fugiu logo depois, ao avistar uma viatura que ia passando ,deixando Gael parado, observando o sangue escorrer pelo seu braço.O sol se punha, tingindo o céu com tons dourados e rosados enquanto Gael e Cecília caminhavam de mãos dadas pela beira da piscina do luxuoso hotel de Gael. A brisa suave balançava as palmeiras e a música ambiente preenchia o espaço, mas nada disso importava mais do que o que estavam vivendo juntos. Dois anos havia se passado desde o pesadelo que quase os separou, e agora, de alguma forma, eles haviam encontrado a paz. Aquele lugar, o hotel de Gael, tinha se tornado um símbolo do novo começo para os dois. Não era apenas um hotel; era o palco do amor que floresceu, da vida nova que estavam criando juntos, e agora, com os filhos pequenos que tinham, o cenário perfeito para celebrar seu amor. Gael, agora mais sensível e conectado com a dor dos outros, começou a fazer doações generosas para instituições que ajudavam mulheres vítimas de violência, muitas das quais acabavam se prostituindo por motivos que as levaram a caminhos difíceis. Ele sentia que tinha uma missão de ajudar a reconstr
Gael estava imerso em um torpor, mas a dor que sentia no corpo era insignificante perto da angústia que corria em seu coração. Quando ele finalmente abriu os olhos, a luz do hospital era suave, mas ainda assim, ardia nas suas pálpebras. Ele estava em uma cam, uma cama de hospital e o corpo ainda dolorido, mas algo em seus olhos, um brilho de força, não havia se apagado. Cecília estava ali, ao seu lado, segurando sua mão com tanto cuidado e carinho, mas com uma força inabalável que ele conhecia bem. Ela estava cansada, os olhos vermelhos de tanto chorar, mas havia uma expressão em seu rosto que ele nunca esqueceria: alívio. E mesmo com a intensidade dos eventos que haviam passado, havia ali algo em seus corações que os unia ainda mais forte. — Gael, você está comigo. Estamos juntos. — Ela disse, com a voz trêmula, mas cheia de uma esperança renovada. A dor de vê-lo ferido não era nada comparada ao medo de perder tudo. Ela olhou para ele, e em seu olhar, ele viu mais do que sof
Gustavo olhou para Gael com desprezo, como se ele fosse um simples insecto a ser esmagado. — Esse merdinha achou que eu ia deixar ele vivo para me chantagear depois, igual a vagabunda da sua mãe fez, e aquela desgraçada da cafetina dela... Sua mãe eu matei por acidente, quer dizer, só antecipei o trabalho sujo que eu ia pagar para alguém fazer por mim. Mas a cafetina, eu matei de propósito, com minhas próprias mãos. — A risada cruel de Gustavo cortou o ar gelado, e Gael sentiu a raiva queimando sua alma. Com uma força renovada, Gael tentou avançar para ele, mas o disparo veio rápido, ensurdecedor. O som do tiro foi como um trovão, e Cecília gritou em pânico ao ver Gael cair no chão, ensanguentado. Ela correu até ele, mas já era tarde. O corpo de Gael estava caído, e a vida dele parecia se esvair a cada segundo. O desespero tomou conta de Cecília, e, em um grito de dor e impotência, ela se ajoelhou ao lado dele. Foi nesse momento que a polícia invadiu o galpão, as sirenes cortando
Gael, com a adrenalina correndo em suas veias, forçava o carro a acelerar, determinado a chegar até Cecília o mais rápido possível. A tensão em seu peito aumentava a cada segundo, o medo de que, ao chegar, algo irreparável já tivesse acontecido com ela. O sangue escorria de seu ombro, mas ele não se importava. O único pensamento que o mantinha consciente era ela, Cecília, e a necessidade urgente de resgatá-la. A estrada à frente estava escura e lamacenta, e, quando ele tentou virar uma curva fechada, o carro perdeu a aderência. O som do pneu derrapando cortou o silêncio da noite, seguido por um grito estridente do motor tentando se recuperar, mas, em um piscar de olhos, o carro deslizou para o lado e, com um barulho seco, colidiu com uma árvore. O impacto foi violento, e Gael foi jogado para frente, o cinto de segurança apertando contra seu corpo. Sua cabeça bateu no volante com força, e ele ficou alguns segundos atordoado, o rosto quente pela dor, tentando recuperar os sentidos.
Gael entrou no prédio de sua empresa, mas sua mente estava longe. Ele tentou se concentrar nos papéis sobre a mesa, mas a raiva e o ódio cresciam como um incêndio incontrolável. Lembranças do passado o consumiam, e ele sabia que não conseguiria se concentrar até enfrentar o responsável pelo pior dia de sua vida. Ele se levantou de repente, decidido. Pegou as chaves do carro e saiu sem dizer uma palavra. Dirigiu em alta velocidade até o gabinete do senador Gustavo de Castro. A cada quilômetro, sua determinação se intensificava. Ao chegar ao prédio, a segurança tentou impedi-lo, mas Gael estava tomado pela fúria. Com movimentos rápidos e precisos, desarmou e derrubou os seis seguranças que cruzaram seu caminho. Cada golpe era carregado pela dor e pela ira que ele guardava há anos. Finalmente, ele invadiu o gabinete do senador. A porta bateu com força contra a parede, e Gustavo de Castro levantou os olhos assustados. Ele era um homem de 50 anos, com uma aparência impecável e um ar d
Ela ficou imóvel por um instante, o coração disparando. — Quem foi? — perguntou ela, a voz baixa e cheia de apreensão. Gael ergueu a cabeça, fitando-a nos olhos antes de responder: — Um senador. Um homem renomado, respeitado, admirado por todos... — Ele hesitou, como se ainda fosse difícil acreditar. — Mas, na verdade, ele não passa de um assassino covarde. Cecília levou uma mão à boca, abismada. — Um senador? — Ela balançou a cabeça, incrédula. . . — Como alguém assim pode esconder algo tão monstruoso?Eu quero dizer, viver pousando de homem que priva sempre a moral e os bons costumes e ser um monstro desse. Depois de alguns minutos no sofá, Cecília levantou-se e estendeu a mão para Gael, que a segurou com firmeza e se levantou. Sem dizer nada, os dois seguiram para a suíte, onde a tensão acumulada parecia ter dado lugar a uma cumplicidade silenciosa. Gael ligou o chuveiro e, juntos, entraram no box, deixando que a água morna lavasse não apenas seus corpos, mas também parte
Último capítulo