Cecília sorriu, abraçando a família, enquanto Gael observava a cena com respeito. Ele sabia que aquele momento era precioso para eles e se sentia um intruso, mas também sabia que precisava se desculpar.
Ele respirou fundo, aproximando-se dos avós de Cecília, que o olharam com desconfiança, mas com uma disposição para ouvir.
— Eu queria pedir desculpas — começou ele, a voz carregada de sinceridade.
— Sei que o que fiz foi errado e que assustei vocês. Estava confuso e tomado pela raiva, mas isso não justifica ter tirado Bia de vocês dessa forma.
O avô de Cecília olhou-o por um momento, em silêncio, antes de assentir levemente.
— Nós só queremos o bem de nossa neta e da bisneta. Que essa menina tenha um lar seguro e cheio de amor — respondeu o avô, em um tom calmo, mas firme.
Gael suspirou, os olhos fixos na paisagem do morro ao lado de Cecília, enquanto o sol começava a se pôr sobre as casas apertadas e o barulho da comunidade se aquietava. Havia um silêncio tenso entre eles,