Não era nem o fim da manhã daquele dia péssimo, quando Tristan se tornou uma espécie de celebridade na nossa escola. Um jornal local queria entrevistá-lo; havia uma foto dele nas redes sociais, uma que ele nem havia tirado, era ele jogando no campo; enquanto o texto dizia que o “ povo da favela havia vencido”. Eu li o artigo para Tristan enquanto suas bochechas atingiam um tom vermelho brilhante e ele empurrava o óculos daquela maneira nervosa.
— Tá tudo bem Nerd? — Eu olho de soslaio para ele, que parece muito tímido com toda essa atenção, uma das suas mãos está na alça da minha mochila que ele faz questão de carregar.
— Eu quem deveria estar te perguntando isso, não é, Cat?
Ah sim, toda aquela merda.
Nós sentamos em completo silêncio, na praça que costumávamos frequentar perto do nosso bairro. Tristan me olhou com cuidado, ainda em silêncio, fez o nosso pedido, muito habituado com oque eu gostava. Quando ele se senta na minha frente, do outro lado da mesa. É evidente que ele