Sinto meu estômago virar, mas ele não para.
— E sabe do melhor? Ela tava grávida, Tristan. Grávida de uma aberração, um filho seu.
As palavras me acertam como facadas. Sinto o mundo girar.
— Você… você matou ela… porque ela tava esperando um filho… meu? — eu disse em um sussurro áspero, odiando o toque de pânico em meu tom, tentando amenizá-lo.
Ele ri.
— Tava prestes a parir um monstrinho. Acha mesmo que eu ia deixar aquela piranha destruir minha casa com um aborto ambulante nascendo aqui?
Meus olhos se enchem de lágrimas, mas não são de dor. Nem de tristeza. É puro ódio.
Um grito rouco me escapa da garganta e eu avanço.
A briga começa como um choque de forças desiguais — eu, não era pequeno e nem extremamente magro, mas era menor, sem experiência. Ele, um monstro calejado, um homem que sempre impôs a violência como lei.
Meu primeiro soco atinge o queixo dele, mais por impulso do que por técnica. Ele recua um passo, surpreso. Depois revida com um soco direto no meu estômago. S