— Eu… eu preciso ir. Sheila… ela… ela não tá bem. Pode ser apêndice ou algo assim. — Ela não me encara. Está mentindo. Eu sei.
Eu devia ter insistido. Devia ter pressionado um pouco mais, dito que ela não precisava resolver nada sozinha. Que eu estava ali. Mas eu mesmo… eu não estava inteiro. A minha própria mensagem ainda queimava no fundo da minha mente
— Me desculpa, eu queria tanto te levar ao hospital… — minha voz falha. Mentindo. — Brendon me mandou mensagem, preciso ajudá-lo. Mas eu volto. Me diz só onde você vai estar.
Mais ela já está se afastando. As mãos suadas limpando a roupa. O rosto fechado num pedido de desculpas que ela nem tem tempo de dizer.
— Eu te amo, Cat.
— Eu te amo, Tristan.
E foi isso.
A gente não se despediu de verdade.
Porque acreditamos que ainda teríamos tempo. Mas o tempo não perdoa.
E a partir dali, nada mais foi o mesmo.
*
Assim que os portões engolem a silhueta da Catarina, sinto um vazio do tamanho do mundo se instalar dentro de mim. O