Lorenzo Ferraz
Saí do hospital com o coração em chamas, o ódio pulsando em cada veia como veneno. Meu sangue fervia, meus punhos cerrados tremiam no volante, e minha cabeça latejava de tanta raiva.
Eu estava disposto a cometer uma loucura.
Apertei o acelerador até o máximo. O carro parecia voar pelas ruas. Eu não ligava. Poderia muito bem causar outro acidente, morrer, matar... Nada mais fazia sentido. Eu só conseguia pensar em uma coisa:
Matar aquela desgraçada da Marina.
Assim que a vi parada no ponto, como se nada tivesse acontecido, parei o carro bruscamente e saltei como um raio, indo direto ao seu pescoço. Meus dedos cerraram em torno de sua garganta com fúria.
— QUANTO VOCÊ GANHOU PARA FALAR AQUILO SOBRE A CELINA, SUA VADIA?! — gritei, completamente fora de mim.
Estava prestes a esmagá-la quando um braço forte me puxou com brutalidade para longe dela. Na mesma hora, reconheci o dono daquela força.
— Heitor?! O que você está fazendo aqui?
— Sua mãe me ligou. Disse que v