Lorenzo Ferraz
A dor de cabeça latejava, como se alguém estivesse martelando dentro da minha cabeça. Tentei ignorar, mas era impossível. Assim que saí da cama, decidi que passaria na farmácia antes de ir para o apartamento.
Depois de escovar os dentes e tomar um banho gelado para acordar o corpo, vesti uma roupa básica e saí. Do lado de fora do hotel, chamei um táxi e pedi que parasse primeiro na farmácia da esquina.
— Só um minutinho, amigo. Vai ser rápido.
Entrei, comprei um analgésico forte, e voltei para o carro. O motorista seguiu em frente e, minutos depois, eu já estava na portaria do prédio da Celina.
Toquei o interfone com um leve desconforto no peito, mas determinado. A voz do porteiro atendeu com frieza:
— Pois não?
— É o Lorenzo. Quero subir para ver Celina e meu filho.
Silêncio. Um clique. E então ele respondeu:
— Me desculpe, senhor, mas a senhora Celina deixou ordens expressas para não permitir sua entrada no prédio.
Senti o sangue ferver.
— Como é que é?
—