Natalia
Olhei nos olhos dela e disse com voz firme.
—Luna, ouça bem o que vou lhe dizer. Se você falar sobre isso com alguém, nunca mais verá seu pai nem sua babá, Karla.
A menina, assustada, olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas e respondeu:
—Não se preocupe, mamãe. Não vou dizer nada, mas, por favor, não faça mal a eles.
Sorri friamente.
—Você realmente ama tanto o seu pai? —perguntei.
—Sim, ele é meu pai. Ele me deu muito amor e carinho. Por que você não me ama, mamãe? O que eu fiz para você? —Luna respondeu, com a voz trêmula.
— O que você fez comigo? Desde que você nasceu, Alexei não prestava atenção em mim. Ele nunca esteve presente para mim, sempre para você. Você acha que isso é bom? Como eu poderia te amar se nunca te desejei? — respondi, meu tom cheio de ressentimento.
— Não acredito que você está me dizendo isso... mas agora vejo o tipo de mãe que você é — murmurou, mais para si mesma do que para mim.
—É isso mesmo. Então arrume-se, porque vou levá-la para o seu pa