Alissa
Eu já estava quase me arrependendo de ter conseguido esse emprego, eu não gostava dos olhares cobiçosos desses homens e estava odiando as mãos bobas nas minhas coxas e nádegas, alguns homens paravam-me perguntando se eu gostaria de ir para a casa deles me oferecendo uma gorda quantia de dinheiro e quando eu negava eles soltavam uma espécie de rosnado e se afastavam, os homens dessa cidade definitivamente são estranhos.
Os homens ao meu redor se afastam e fico aliviada, pelo menos poderei respirar um pouco. Começo a recolher os copos e coloca-los na bandeja, acho que posso aturar esses homens, o salário que Bob está pagando é bom e ela ainda me deu um quarto para morar.
Pego a bandeja e viro-me, vejo um homem com quase dois metros de altura, porém não é isso que chama minha atenção, estranhamente o seu olhar me prende e não consigo desviar.
Ele é belíssimo, é moreno, tem cabelos pretos, profundos olhos verdes e um corpo que parece uma muralha de músculos, quem pisar no seu caminho com certeza será esmagado igual a uma formiga.
— É nova aqui? — pergunta para mim, sua voz é profundamente rouca fazendo os pelos do meu corpo se eriçarem.
— Sim, acabei de me mudar — me vejo respondendo sem pensar, não consigo desviar do seu olhar, há um estranho magnetismo me puxando para ele — Meu nome é Alissa — por que estou dizendo o meu nome para ele?
— Sou Akira — ele respira o ar como todos nessa cidade fazem e sorri para mim, seu sorriso me pega desprevenida fazendo-me engolir em seco, esse homem me atinge como nenhum outro, talvez seja por que eu nunca tive muito contato com a sociedade — Sou o dono da cidade — então ele é de alta importância nessa cidade.
— Posso servir algo? — pergunto, se ele é o dono com certeza tem que ter o melhor tratamento que eu posso lhe dar.
Seus olhos brilham e é incrível, nunca vi os olhos de uma pessoa brilhar, Akira se aproxima de mim e mesmo que estejamos a dois passos de distância eu consigo sentir sua temperatura corporal, muito quente para uma cidade que está no inverno.
— Alissa, pode pegar suas coisas e vir comigo — ele diz e fico estática, ele está me expulsando da cidade?
— Você está me mandando embora? — fico imediatamente alarmada, eu não tenho para onde ir e as minhas economias estão quase acabando, não conseguirei pagar outra passagem de ônibus, esse homem realmente faria isso comigo? Mandaria-me embora da cidade?
— Claro que não Alissa! — ele parece horrorizado — Eu apenas vou te levar para um lugar seguro, não é bom você ficar em um restaurante a noite.
— Eu não te conheço! — replico, parece que minha alma o conhece, ela insiste em dizer que esse homem é o meu porto seguro, mas eu não confio em estranhos, principalmente em um homem que eu acabei de conhecer.
— Alissa — ele rosna e eu dou um pulo para trás, ele rosnou? — Eu vou te proteger, não é bom você ficar no meio desses homens, irei te levar para um lugar seguro que será sua nova casa.
— Eu moro no andar de cima do restaurante — ele bufa, parece cansado da minha insistência.
— Exatamente por isso! Quando o restaurante fechar qualquer um desses homens podem entrar aqui, Bob vai para a casa dela e você ficará sozinha! — o medo começa a me corroer e lembro-me dos pedidos de vários homens para passar uma noite comigo. Akira conseguiu despertar o medo em mim.
— Tudo bem, o restaurante vai fechar mais tarde, deixe o endereço que eu vou depois que o expediente acabar.
— Eu irei te levar, não se preocupe — assinto com certo receio — Eu nunca vou te fazer algum mal Alissa, nunca! — diz e vejo em seus olhos que ele está sendo sincero.
— Obrigado Akira — ele abre um sorriso e se aproxima de mim, pega uma mecha do meu cabelo e leva ao nariz, dou um passo para trás e o encaro, que homem esquisito, todos nessa cidade devem ter algum problema na cabeça.
— De nada Alissa, eu estarei na mesa do canto com o meu irmão que em breve irá chegar, você pode trazer duas cervejas para mim?
— Claro, eu já estou indo pegar — viro-me e penso comigo mesmo que essa situação foi mais que estranha.
[...]
Akira
Sigo todos os seus movimentos, agora que encontrei minha companheira eu jamais vou deixá-la escapar de mim, Alissa é minha e todos os machos no restaurante agora sabem disso, ninguém ousa chegar perto dela e quem ousar terá a cabeça decepada.
Alissa é tão linda e inocente, a mulher perfeita para mim, realmente valeu a pena esperá-la, minha fêmea é diferente de todas as mulheres, seu corpo é tão gostoso que sinto vontade de mordê-la, suas coxas e bunda são o caminho da perdição, a cada passo suas coxas contraem me deixando hipnotizado, seus seios são pesados e rígidos, seios que em breve irão amamentar nossos filhos.
Ela timidamente vem com a bandeja até mim e coloca as duas cervejas na mesa.
— Qualquer coisa é só me chamar — assinto e pisco para ela que abaixa a cabeça retraidamente.
Alissa volta para o balcão onde Serafina, uma loba da nossa alcatéia está fazendo as bebidas, ouço a porta do restaurante ser aberta e sinto o cheiro do meu irmão, ele caminha até a mesa e se esparrama na cadeira pegando a cerveja.
— Cara, eu amo aquelas crianças, mas caramba, elas dão trabalho, eu estou exausto!
— Acho que está na hora de você e sua esposa pararem de fazer filhos, dois por enquanto já está um ótimo numero, você sabe que nós vivemos centenas de anos e você vai querer fazer centenas de filhos?
— Meu Deus, é claro que não, mal aguento minhas duas meninas, imagina centenas, iremos parar no terceiro, meu menino em breve irá nascer — olho para minha fêmea e imagino sua barriga crescendo, teremos bastante filhotes — Por que o restaurante está com esse cheiro? Sei que estamos na semana do acasalamento, mas isso está parecendo um prostibulo de prostituição.
— Eu encontrei minha fêmea! — digo e ele sorri mostrando os seus caninos.
— Finalmente! Quem é?
— A nova garçonete, ela é virgem e os lobos estão loucos — aponto para Alissa que está conversando com Serafina no momento.
— Irmão, você tirou a sorte grande, você precisa reclamá-la para si e não deixá-la trabalhar mais nesse lugar.
— Hoje ela vai embora comigo, eu lhe disse que vou levá-la para um lugar seguro, mas ela não sabe que é a minha casa e também não sabe que não vai mais voltar há esse restaurante — digo decidido.
— Faça isso e lhe mostre o seu lobo, os homens que ainda não tem sua companheira em época de acasalamento são difíceis de deter.
— Se houver mais algum estupro a pena será a pior possível — rosno, eu não era assim em época de acasalamento, esses machos precisam aprender a se controlar.
[...]
Bob está fechando o bar enquanto Alissa foi pegar a sua mala, agora nós iremos para a nossa casa e em breve vou mostrar o meu lobo, pois ela será uma se essa for sua escolha.
— Cuide dela Alfa, Alissa é uma boa garota.
— Eu vou protegê-la com a minha vida Bob — vejo Alissa descer com sua mala e vou até ela tirando a mala de sua mão, não quero ver a minha fêmea fazendo esforços, ela já carregou bandejas de um lado para o outro por seis horas seguidas, seus braços devem estar latejando — Ela não vai mais trabalhar aqui, encontre outra pessoa — sussurro para Bob e pego a mão de Alissa, ela olha para as nossas mãos entrelaçadas e sorri, já estou conseguindo faze-la confiar em mim.
— Até mais Bob — digo e Alissa acena com a mão se despedindo.
— Até a manhã Bob — ela diz e Bob apenas sorri.
[...]
— Nossa, mas essa casa é muito grande! Quem mora aqui? — sorrio com sua curiosidade, estaciono o carro e abro a porta, Alissa faz o mesmo enquanto pego sua mala, andamos até a porta e abro.
— Eu moro aqui — agora vou ter alguém para me alegrar e dividir minha vida.
— Mora aqui com sua esposa? — O que? Merda, ela pensa que eu tenho esposa? Você será minha esposa Alissa.
— Não, eu morava sozinho — digo propositalmente no passado — Agora você mora aqui também.
— Por que você está sendo tão bom para mim?
Porque você é a minha fêmea, minha companheira, mas não posso lhe dizer ainda.
Dou de ombros e pego sua mão a levando para o andar de cima, abro a porta do meu quarto e dou passagem para ela entrar.
— Esse será meu quarto? — assinto, eu quero o seu cheiro nos meus lençóis, eu posso dormir no quarto de hospedes por algumas noites, porém em breve iremos dormir juntos.
— Fique a vontade Alissa, essa é sua casa, agora eu vou deixá-la descansar.
— Obrigado Akira, você é uma ótima pessoa.
A minha vontade é de agarrá-la, mas me contenho e dou apenas um singelo sorriso e caminho para a porta.
— Bons sonhos Alissa — fecho a porta e caminho para o quarto de hospedes, entretanto minha vontade é de ficar com ela.
Alissa.Acordo sentindo muito calor e um afago extremamente bom em meu cabelo, me viro e deparo-me com Akira cheirando meu cabelo.Será que eu cheiro tão bem assim?— O que você está fazendo na minha cama? — ele sorri para mim e solta minha mecha, eu não sinto medo com sua proximidade, meu corpo parece reconhecer o seu.— Eu gosto de você Alissa — diz roucamente perto do meu ouvido e me arrepio, sua voz tem um estranho pode sobre meu corpo.— Eu também gosto de você Akira, você tem sido muito bom para mim — sua expressão se fecha e fico confusa, será que eu falei algo errado?— Alissa, eu gosto de você de outro modo.— Como assim?— Deixa eu te mostrar? — assinto e dou um grito quando Akira me vira no colchão ficando por cima de mim, ele aproxima seus lábios dos meus e antes que eu possa falar algo os seus lábios me tomam.Eu nunca beijei, mas me vejo sendo levada por seus lábios e língua habilidosa e é tão bom! A falta de ar me faz afastá-lo e encontro seus olhos que não estão mais v
Elisabeth ParkerEu cresci admirando meu Alfa, desde pequena eu dizia para meus pais que me casaria com o Alfa Akira, e eles respondiam que eu apenas me tornaria sua esposa se eu fosse à escolhida para ser sua companheira pelo resto da eternidade, sua companheira de alma e infelizmente não sou, mas isso não quer dizer que eu irei deixar de amá-lo e admira-lo. Tentei muitas vezes me aproximar dele e fazê-lo gostar de mim, nas reuniões da alcatéia eu tentava me sobressair para ganhar sua atenção, porém meus esforços eram todos em vão, um mês atrás eu tentei seduzi-lo e foi um fracasso. Fui a sua casa com a desculpa esfarrapada de que eu havia sido estuprada, estava havendo vários casos na cidade e eu resolvi me aproveitar da situação, o Alfa me recebeu preocupado e me levou a um quarto, pediu para que eu tomasse banho e a seguir encontrá-lo na sala para conversamos, ele queria punir o culpado. Eu tomei um banho e passei um suave perfume que encontrei na pia, me enrolei no roupão e de
AlissaColoco meu vestido verde florido, ele é o único que eu tenho e deixa-me apresentável aos olhos das pessoas, deixo meu cabelo cair e observo-me no espelho, eu nunca me senti bonita e a imagem no espelho mostra uma garota radiando felicidade.Desço as escadas e sento-me no sofá, passei a tarde conhecendo a casa, seus variados quartos, banheiros, piscina, salas e cozinha, entretanto o que chamou a minha atenção foi o extenso jardim que é anexa com a floresta, é difícil imaginar Akira vivendo nessa imponente casa sozinho.Ouço a porta abrir e levanto-me andando em direção aos passos que vem até mim, vejo Akira e o mesmo abre um grande sorriso.— Você está linda — sorrio, ele me pega pela cintura erguendo-me e me beija loucamente, ainda estranho o fato de conhecê-lo apenas um dia e me entregar a ele facilmente, no entanto eu também não luto contra o forte sentimento que está se apoderando do meu coração.— Obrigado — digo assim que nos separamos, Akira coloca-me no chão e nos puxa p
AlissaAkira estaciona o carro em frente ao restaurante da Bob, parece que a noite esta movimentada como ontem, descemos do carro e Akira entrelaça nossos dedos e me aperto ao seu corpo quente, acho que não deveria ter colocado o vestido, mas é a única roupa bonita que tenho.Entramos no restaurante e enquanto passamos homens e mulheres o cumprimentam, eu passo despercebida, porém Akira abre a boca fazendo-me passar vergonha com o que diz.— Cumprimentem a minha mulher — diz firme e fico sem reação ao vê-los fazer uma breve reverência.— Bem vinda — dizem em uníssono, acho que isso nunca deixará de ser estranho para mim.— Obrigado — sorrio meigamente, Akira retorna a caminhar nos levando há uma mesa no canto, a mesma mesa de ontem, daqui podemos ter a visão do restaurante inteiro, acho que ele gosta de observar a movimentação, como Alfa ele deve estar atento a sua volta.Sentamos e Akira coloca o cardápio na minha frente.— Pode escolher o que você quiser — ele puxa-me contra seu cor
ElisabethAbro os meus olhos assim que percebo os passos do macho se afastando, levanto a cabeça e olho para os lados, ele não está mais aqui. Começo chorar novamente, eu deveria ter aceitado a carona de Bob, eu realmente sou uma estúpida que queria sofrer por um amor não correspondido e recebi algo pior. Levanto-me fracamente, minha intimidade dói e arde, pego a bolsa e ando cambaleante, avisto a rua e olho na direção do caminho que dará para a casa do Alfa, eu posso pedir ajuda, mas ele vai dizer que eu estou mentindo novamente. Sigo rua acima em direção a minha casa, ninguém pode descobrir que fui estuprada, se algum dia eu encontrar o meu companheiro ele não irá me querer por isto. Chego em casa e subo para o meu quarto, vou para o banheiro e tomo um longo banho lavando o sangue seco, porém infelizmente não vai apagar a presença daquele monstro dentro de mim. Eu queria poder tê-lo visto, queria poder me vingar... Eu quero saber o que ele injetou em mim, me sinto fraca até ago
AkiraChegamos à floresta onde ocorre as reuniões, todos os lobisomens já se encontram espalhados pela grande mata, eles me veem e abaixam a cabeça em reverencia, minha Alissa segue quieta ao meu lado, mas depois de hoje ela será vista como a companheira e Alfa deles.Seguimos mais a frente e vejo um veado sendo assado em uma pequena fogueira, sento-me no tronco e coloco Alissa sentada em minhas pernas, ela olha ao redor com fascinação, beijo seu pescoço ganhando alguns olhares em nossa direção.Vejo meu pai, minha mãe e Linda, eles andam em nossa direção e sentam-se junto conosco no tronco.— Nervosa? — minha mãe pergunta para Alissa, minha menina sorri timidamente e assente, tão linda e delicada, eu sei que ela será uma ótima Alfa para a nossa alcateia, Alissa tem um coração límpido e tal pureza me conquistou, ela irá encantar nossa alcateia, não tenho duvidas disso.— Não precisa, amor — repito o gesto e ela solta um suspiro, não vejo a hora de marca-la como minha e eu quero fazer
AkiraO cheiro do maldito estuprador sumiu quando paramos na linha do território de outra cidade, isso quer dizer que há lobisomens entrando no meu território e estuprando as mulheres da minha cidade. Eu não quero começar uma guerra, eu apenas quero aproveitar minha vida ao lado da minha companheira, porém os lobisomens do outro lado dessa linha são selvagens e não estão respeitando o nosso trato. Enquanto dirijo para casa falo para o alto falante do meu carro ligar para Erick, o Alfa da cidade vizinha, no terceiro toque ouço a voz profunda do bastardo que nem ao menos consegue controlar seus lobisomens, se ele não fizer algo em relação a esse assunto nós teremos a pior briga de todas as eras, eu já o venci uma vez e posso vencer novamente. — A que devo sua ligação Akira? — Estou com um problema sério com a sua alcateia — viro a curva da minha rua e avisto minha mansão, minha e de Alissa. — Qual? Não me lembro de ter feito algo contra você. — Um de seus lobisomens entrou na minh
AkiraNão vejo como Alissa pode ficar insegura sobre os seus talentos culinários, eu e Brian repetimos o prato várias vezes enquanto nossas mulheres nos olhavam pasmas, eu estava com saudade de uma boa comida caseira, nos finais de semana eu jantava na casa da minha mãe e no meio de semana vivia de restaurantes, mas vejo que isso vai mudar, Alissa cozinha maravilhosamente.Ter uma companheira está me fazendo tão bem! Faz poucos dias que encontrei Alissa, mas meu interior a conhece como minha desde sempre, eu faço de tudo por essa mulher, sem exceção.Seu exterior e interior é belo, ela é doce, simpática e tem um coração maravilhoso, eu soube disso assim que coloquei meus olhos nela.— Obrigado pelo jantar — Brian agradece — Agora vou levar Elisabeth para sua casa, seus pais a esperam e precisamos conversar, eles ainda não sabem que ela encontrou seu companheiro — assinto, percebo o modo como ele a olha, Brian quer reclama-la, mas está se contendo. Elisabeth foi estuprada e é óbvio que