Ao ouvir aquela voz, todos dirigiram seus olhares para a porta.
Hélio, com uma tala na coxa, estava sentado numa cadeira de rodas.
Seus cabelos estavam visivelmente mais grisalhos e seu rosto marcado por inúmeras rugas.
Seus olhos, carregados de culpa e remorso, se fixaram em Aurora.
Kauan foi o primeiro a correr até ele, bloqueando seu caminho:
— Au não tem um pai como você. Vá cuidar da sua filha ilegítima.
Diante do repreendimento do próprio filho, Hélio não se zangou, pelo contrário, suplicou em voz baixa:
— Eu só queria ver a Au, não importa se ela me reconhece ou não.
— Você quer ver se ela morreu, é isso? Se não fosse pela Sarah, ela precisaria sofrer tanto? Se não fosse pela inteligência da Au desta vez, ela e o bebê provavelmente já teriam sido devorados por tubarões.
— Kauan, seu pai sabe que errou. Eu não imaginava que Sarah faria aquilo. Eu falhei com a Au, me deixe vê-la, ao menos para pedir desculpas.
Enquanto os dois discutiam, a voz fria de Aurora emergiu de trás:
—