Helena 23 anos, estava casada há três anos com Felipe, por quem era apaixonada. Helena era doce e dedicada, mas tinha uma personalidade forte, não costumava baixar a cabeça quando se sentia injustiçada. Felipe era um marido autoritário e frio, estava em seu segundo casamento, se casou com Helena logo depois de se divorciar, e amor não existia no coração dele pela atual esposa, mas o que ele menos esperava era um pedido de divórcio daquela que dizia o amar.
Ler maisUma chuva fina caia naquela noite, Helena é capaz de escutar o tic-tac do relógio da sala, já perdeu a conta de quantas vezes olhou pela janela com a esperança de ver um farol se aproximando, ou mesmo um carro estacionando. Mais nenhum sinal do marido, não era a primeira vez que isso acontecia, mas ela não conseguia se acostumar com essas demoras, provavelmente chegaria com um cheiro de perfume diferente, mas ela não perdia mais tempo questionando, já que ele nunca respondia.
'Três anos casada com quem não me ama' ela pensa enxugando uma lágrima que teima em descer por seu rosto, a verdade é que se sentia cansada de insistir nesse casamento sem perspectiva. Será que valia a pena sacrificar o seu amor próprio por um homem que só a via como um objeto sexual, talvez tenha aceitado por muito tempo essa situação, fazendo com que ele se acomodase com a facilidade que tinha em tê-la sempre disponível para ele.Helena conheceu Felipe quando fez estágio em sua empresa de publicidade e marketing. Suspirava sempre que esbarrava com ele durante o horário de trabalho, mas nunca foi notada por ele, era como se ela fosse invisível para ele. Na época ele era casado com Karen, uma mulher exuberante, loira e linda. Karen sempre estava na empresa, bem vestida e com uma maquiagem perfeita e impecável, não tinha quem, não a achasse linda. Por vezes Helena a invejou pela beleza, elegância ao se vestir e até no andar. Karen era aquela mulher que atraia os olhares de todos os homens, já ela era sem graça e esquisita, como alguns amigos mais sinceros diziam, sempre a aconselhando a se vestir melhor.Mas o que mais causava a inveja de Helena, era Karen ser casada com Felipe, aquele Deus grego. Helena achava Felipe lindo e perfeito, moreno alto de cabelos negros e olhos de um intenso azul. Felipe e Karen, pela beleza, era um casal perfeito, mas pela demonstrações de carinho entre entres, podia-se dizer que eram um casal frio e sem amor. Nunca fizeram nenhuma demonstração de um casal feliz e apaixonado.Helena, na época que começou o estágio, estava com 19 anos, usava os cabelos curtos e usava óculos com uma armação grande demais para o seu rosto pequeno. Sempre pensaram que ela fosse uma jovem feia e desengonçada, e ela não fazia questão de mudar essa opinião. Os óculos impediam que as pessoas vissem os seus olhos cor de mel, seus cabelos curtos não eram penteados de acordo com o corte e as suas roupas, na época, também não a valorizava, já que as suas calças eram largas, como se fosse um número maior e o blaser gigante, ganhados de sua tia acima do peso. As roupas que usava escondiam as belas curvas do seu corpo.Felipe tinha uma agência de publicidade e marketing, e a sua esposa Karen era a modelo principal da agência, com a beleza que tinha não podia ser diferente, Helena sempre pensava, quando a via nos anúncios e comerciais. Mas tanta beleza nao impediu que Felipe se divorciasse dela, Helena ainda podia se lembrar do dia em que Felipe a expulsou da agência, a arrastando pelo braço até o elevador. Nesse dia, nem em seus sonhos, Helena acreditou que ele se voltaria para ela e que em menos de um ano estariam casados.Estava perdida em seus pensamentos quando escuta a porta se abrir, ela corre para receber o marido que apenas a olha e passa por ela sem lhe dirigir uma única palavra. Ela o segue até o quarto, ele entra no banheiro e nem se dá o trabalho de fechar a porta, tira a roupa e entra no chuveiro, é como se ela não estivesse ali, até quando lutaria por um casamento, aparentemente, sem futuro.— Você vai querer alguma coisa? —Ela pergunta, mesmo sabendo a resposta, o silêncio —Não me canso de ouvir a sua voz — Ela debocha, e assim consegue que ele a olhe.— Eu não sei porquê você fica me esperando acordada.— Talvez por eu ser uma idiota? — Ela dá um sorriso triste. — ou por eu ser a sua esposa.— Helena, espero que você não tenha me esperado para discutir.— Discutir? Nem isso a gente faz — Responde juntando a roupa dele para colocar no cesto.Felipe acaba o seu banho e segue para o closet apenas com uma toalha enrolada na cintura, quando sai já está vestido com a calça do pijama. Helena fica o olhando e o vê sair do quarto, a vontade que tem é ir atrás dele, mas a verdade é que já está cansada daquela frieza. Ela tira o vestido que estava vestida e veste a sua camisola.No espelho do closet ela se olha de corpo inteiro. Não se acha feia, pelo contrário. Com os seus 23 anos está com os seus cabelos negros até o meio das costas, são lisos com alguns cachos nas pontas, aposentou os óculos e agora usa lente, os seus olhos cor de mel pode ser admirados por todos que a olham nos olhos. Está vestida com uma camisola de seda preta, com detalhes em renda, era curta e deixava as suas coxas expostas. As suas coxas são bem torneadas, já que gosta de praticar exercícios físicos, os seus seios são médios, e ela sabe que Felipe gosta de tocá-los, um arrepio percorrer o seu corpo só em pensar no toque do marido em seu corpo. Sua cintura é delicada e o seu quadril é bem desenhado.Ela decide ir para cama tentar dormir, mas quando Felipe se junta a ela, demonstra não ser essa a intenção dele. Ele a puxa para si e acaricia a sua cintura por cima do tecido da camisola, eles se olham e nada é dito, mas logo as suas bocas se unem e eles se perdem no fogo que incendeia aquele momento. A camisola não demora a ir para o chão e Helena não demora a sentir o seu seio ser sugado, com uma língua brincando em seu mamilo.— Delicia... — Sussurra quando Felipe modista com carinho o bico intumescido.— Você me quer? Diz que me quer, eu gosto de ouvir.— Sim amor, eu quero você.— Repete! — Felipe ordena, se posicionando entre as pernas dela a olhando nos olhos — Repete que você me quer.— Eu quero você, te quero dentro de mim... Óhhhh — Antes que ela termine a frase já o tem dentro dela.Ele sabe como satisfazê-la. Na cama eles se entendem perfeitamente, talvez tenha sido esse o único motivo dele a pedir em casamento ao final de uma semana inteira de sexo. Dois meses depois ela já estava na casa dele, dividindo a mesma cama onde transavam todos os dias. E assim se passaram três anos, onde só se entendiam no quarto.— Você é muito gostosa, você é perfeita. — Felipe sussurra ao seu ouvido ao tê-la de costa para ele, rebolando e gemendo alto, o deixando louco.Quando a satisfação chega para os dois, Felipe segue para o banheiro e Helena fica buscando forças nas pernas para tomar um banho. Ela queria que ele a levasse no colo e a banhasse, como lia nos romances que costumava ler, mas isso só foi feito uma ou duas vezes, na semana em que estiveram juntos na viagem pela agência.Quando Felipe volta para a cama, Helena se levanta para tomar o seu banho, já que o sono está quase a vencendo. Voltando, se deita para dormir, Felipe parece está dormindo, mas ao se deitar é puxada por ele, que cola o seu corpo ao dela, e assim eles domem como em todas as noites, abraçados.Helena e Felipe estavam no parque com os filhos que brincavam sentados em uma manta ao ao lado deles.— Mamãe, água. Helena da água a filha que se molha um pouco, ela a seca antes de guardar o seu copinho.— Vem Miguel, beber água também. — Ela faz a mesma coisa com o filho mais velho.Aos finais de semana a familia sempre saia para fazerem algo juntos, fosse para ir ao cinema, no parque de diversão, ou mesmo fazer um piquenique como estavam fazendo. Helena engravidou pela segunda vez quando Miguel estava com três anos, deu a luz a Nicole que nasceu como o irmão, parecida com o pai. Gustavo as vezes se juntava aos sobrinhos para brincarem juntos, Helena achava estranho tio e sobrinho serem da mesma idade, a verdade é que eles pareciam mais serem irmãos pela semelhança. — Vem Nicole, vamos no balanço.— Cuidado com a sua irmã, ela ainda é muito pequena. — Nicole estava com três anos e Miguel logo faria sete anos e Helena recomenda mesmo o balanço ficando praticamente ao lado deles.—
Helena estava no salão de belezq, tinha decidido cortar os seus cabelos, deixaria eles curtos. Tomou essa decisão por tê-lo que usar sempre preso, por causa de Miguel que adorava os puxar. Ao sair do salão se depara com alguém que não lhe agrada, Bruna a olha de cima em baixo e Helena tenta passar por ela que a segura pelo braço. — Se não me soltar, corre o risco de precisar engessar esse seu braço — Helena olha para a mão que segura o seu braço, antes de olhar para a cara daquela que tinha um olhar altivo.— Parabéns você ganhou, só queria te dar os parabéns.— Não precisa se dar ao trabalho de me parabenizar, não há necessidade para isso. — Helena olha novamente para a mão que segura o seu braço. — Agora me solta que já estou perdendo a paciência. — Bruna a solta, pois não estava disposta a passar vergonha na frente das pessoas. — Helena, eu sei que Felipe te ama, só não sei o que você tem para tê-lo conquistado e o mudado como fez, pois ele hoje parece que só tem olhos para você,
Helena estava no escritório trabalhando de casa, quando entra uma jovem com um bebê chorando no colo.— Oi filho, o que foi? — Helena se levanta para pegar o filho que chorava.— Acho que ele está com saudade da mamãe dele, por isso o trouxe aqui para te ver. — Helena trabalhava de casa, ia a empresa apenas quando tinha reuniões. — Pode deixar Clara, eu vou dar o almoço dele hoje — Miguel estava com seis meses e já se alimentava de papinhas — Você está um homenzinho muito lindo filho. Helena deixa o que estava fazendo para dá atenção ao filho, que logo para de chorar por estar no colo da mãe. Ele tinha babá, mas Helena adorava dar atenção ao filho, Felipe também estava sendo um pai muito presente, Miguel já conhecia a voz do pai, que sempre que chegava da empresa o pegava no colo para o mimar um pouco. As vezes Helena nem acreditava que aquele fosse o mesmo Felipe que conheceu um dia, que gritava, xingava e brigava com todos, e o pior, não lhe dava nenhuma atenção antes de ficarem
Bruna ao receber a visita do médico, fica sabendo que teria que ficar mais alguns dias hospitalizada, para realizar alguns exames e fazer fisioterapia. Depois que o médico sai, Felipe logo entra e encontra Bruna pensativa.— Oi, Bruna. Como você está?— Oi Felipe — Ela fica o olhando, ela estava ali naquele hospital por acreditar que um filho faria com que aquele que estava a sua frente a aceitasse como mulher — Vou ficar bem, em breve estarei fora desse maldito hospital.— Estou feliz por ter acordado.— Obrigada por vir me ver todos os dias.— Espero que não confunda o que eu fiz, eu apenas precisava que acordasse.— Como está a criança? — O seu filho está bem, mas precisamos resolver a questão dele. Espero que você e meu pai cheguem a uma conclusão sobre o que fazer. — Foi um erro eu ter tido essa criança, hoje eu sei que o meu maior erro foi ter acreditado nas palavras de sua mãe, devia saber que nem um filho faria você me aceitar ...— Deveria ter pensado nisso antes de seguir
Desde que Augusto foi embora estave ciente de tudo o que acontecia com todos, através do seu assistente. Ele só evitava atender as ligações de Felipe por saber que ele iria cobrá-lo para que voltasse, mas ainda não se sentia preparado para voltar. Quando soube do acidente de Letícia, não se sentiu triste ao saber de sua morte, a verdade é que, se sentiu aliviado por saber que ela não mais iria interferir na sua vida, mas isso ele não era capaz de dizer a ninguém. Decidiu voltar quando soube que Helena tinha ido para o hospital, não foi capaz de adiar por mais tempo o seu retorno ao Brasil, já havia sobrecarregado demais Felipe. Estava na hora de enfrentar os erros cometidos e assumi-los.Para ele foi um alivio Bruna acordar, precisava conversar com ela e decidirem sobre a criança que era filho deles, iria fazer o teste de DNA e daria o seu nome a criança, não causaria mais problemas para Felipe, assumiria para todos que era o pai daquela criança. Ao ver a falta de amor de Bruna pelo p
Felipe e Helena estavam no quarto do hospital, aguardando a visita do médico, Helena estava ansiosa para poder ir para casa, queria saber como Gustavo estava se comportando. Felipe estava colocando o filho no berço quando recebem uma visita inesperada. Felipe ao ver quem entrava no quarto, após bater à porta, sentiu um alívio tão grande que parecia que um peso saia de suas costas. — Pai?! — Augusto parecia ser uma outra pessoa, estava com roupas esporte e barba por fazer, de uma certa forma parecia ser mais jovem sem as roupas formais que costumava usar. — Oi Felipe, parabéns pelo nascimento do seu filho — Augusto abraça o filho — Eu sinto muito por tudo que aconteceu. — Felipe recebe o abraço do pai — Quando o senhor chegou?— Vim direto do aeroporto. Me desculpe por ter sido um covarde. — Augusto olha para Helena — Obrigada por ter apoiado os meus filhos.Helena não consegue responder o sogro, a vontade que tinha era falar uma boas verdades para ele, o que ele menos merecia era a
Último capítulo