Helena b**e na porta, mas não obtém resposta, b**e mais uma vez e entra, mesmo sem ouvir a palavrinha mágica "entre". Encontra Felipe sentado no sofá com a tal Bruna sentada ao seu lado, estão de mãos dadas e Helena sente vontade de esganar os dois.
— Com licença senhor Felipe, vim buscar os documentos que lhe foram entregues mais cedo.— Estão em cima da minha mesa, é só os pegar. — Responde sem olhar para ela, mas Helena ao invés de pegar os documentos e sair, fica olhando pasta por pasta sem ler uma única palavra. — Algum problema? — Felipe pergunta a olhando sério.'Queria apenas chamar a sua atenção, seu idiota' Helena pensa e o olha com cara de desentendida.— Estou verificando se estão todos assinados. — Responde inocentemente.— Funcionária nova? — Bruna pergunta cruzando as pernas, revelando quase a calcinha 'vadia' Helena olha para as pernas da modelo e para a cara de Felipe que parecia está se divertindo com toda a situação. Helena ajeita o óculos e coloca o cabelo inexistente atrás da orelha.— Sim, é a ajudante de Daniela. — Responde com voz mansa, antes de se virar para Helena e mudar o tom de voz — Leve esses documentos com você e verifique na sua mesa.A ordem faz Helena o fuzilar com os olhos e com raiva junta as pastas, com toda a calma que achou ser possível, mas o barulho que elas fazem ao serem batidas sobre a mesa revela o seu mau humor.— Você está com algum problema? — Pergunta Felipe ainda segurando com carinho a mão da modelo, enquanto a outra repousa sobre a perna da mesma.— Não senhor, nenhum problema. — Ela o encara com ódio, é para isso que ele queria se casar com ela? Se questina ao pegar as pastas e sair da sala — Com licença.— Helena! — Felipe a chama antes que ela feche a porta, ele a olha nos olhos e diz a frase que quase a fez perder a cabeça — Não nos interrompa mais.— Boa trepada — Resmunga entre dentes.— O que foi que disse? — Ela o olha, mas não responde e sai do escritório com vontade de esmurrar a cara dos dois.Faltavam ainda alguns minutos para o fim do expediente e Helena não consegue se concentrar em mais nada.— Daniela você vai agora? — Pergunta quando dá o horário delas saírem.— Não posso. Só saio no meu horário quando o chefe não está, ou ele me libera. Mas você pode ir, não há necessidade das duas ficarem.— Tudo bem, até amanhã. — Helena pega as suas coisas e sai da empresa, ainda sentindo a raiva pulsar dentro dela.Daniela estava em sua mesa adiantando o seu trabalho, já havia se passado quase uma hora do seu horário quando o casal resolve sair de mãos dadas do escritório. Daniela o olha e o acha muito safado, pede Helena em casamento e transa com outra no escritório.— Onde está Helena? — Pergunta Felipe por não vê-la.— Ela já foi embora, senhor Felipe...— Eu a dispensei por um acaso?— Senhor...— Espere por mim lá embaixo, me lembrei de algo — Felipe volta para o seu escritório, todo o seu plano de por ciúmes em Helena foi por água abaixo.Ele pega o seu telefone e liga para ela, mas não o surpreende quando ela simplismente não atende. Quando ele sai do escritório passa por Daniela com visível mal humor, e nem se despede.Helena passa na casa da tia e pega a encomenda que o seu tio havia deixado para o seu pai, ela vai direto para a casa e conta para mãe, com detalhes, a promoção que recebeu. Os seus pais ficam felizes e combinam de oferecer um almoço a Daniela, de quem eles gostavam muito, queriam agradecer a ela por ter ajudado a filha deles a conseguir essa vaga.Depois de jantarem Helena vai para o seu quarto e o seu telefone não para de tocar, "Felipe" 'idiota vá transar com a modelo, porque a estagiária aqui fechou as pernas' pensa rejeitando a ligação.Na manhã seguinte ela sente vontade de vestir uma de suas roupas antigas, mas faz exatamente o contrário, veste uma blusa preta com um decote discreto, mas que revelava os seus bicos salientes por não usar sutiã, veste uma calça cinza chumbo que modelava bem o seu corpo, expondo a sua cintura fina, nos pés os mesmos scarpan pretos, capricha na maquiagem dos olhos, já que usava óculos e os olhos quase não recebiam atenção, nos lábios um batom vinho. Os cabelos apenas ajeita com os dedos, já que eram curtos e estava em dia com o corte, coloca um brinco um pouco maior dos que usava no dia a dia.Quando chega, todos a olham e ela distribui simpatia, pois nunca ninguém havia feito bullying com ela por causa de suas roupas de espantalho, como disse o chefe.— Sr Felipe já chegou e está com um humor negro — Avisa Daniela quando ela chega já com o café do chefe. — Está arrasando hoje, gostei de ver.— Devia ter trazido chá de camomila para acalmar o chefinho — Responde rindo se dirigindo para a sala dele depois de guardar as suas coisas.Ela b**e na porta e entra sem esperar resposta.— Bom Dia Sr Felipe, aqui está o seu café. Com licença — Felipe a olha de cima em baixo, estava ainda mais bonita a "esquesita".— Espere, eu não mandei você sair. — Helena para com a mão na maçaneta e devagar se volta para olhá-lo. Felipe se aproxima até ficarem cara a cara — Quem te liberou ontem?— Daniela — Responde sem se deixar intimidar com a cara feia dele a olhando sem piscar.— Quem é o seu chefe?— O senhor. — Responde com toda a calma— Então espere eu te liberar...— Você acha mesmo que eu ia ficar aqui para escutar os gemidos do cazalzinho transando? Está redondamente enganado. É para isso que quer que eu seja a sua esposa, para me humilhar, enchendo a minha cabeça de enfeites.— Primeiro se eu me casar com você é só com você que irei transar, segundo ainda não somos casados, terceiro se eu te trair você ficará no lucro.— Beleza, então se eu te disser que dormir com outro ontem está tudo bem...— Helena, não me provoque.— Posso transar com quem eu quiser até o casamento? — Continua ela o desafiando.— É melhor você parar com as provocações.— Posso ou não posso?— Eu não transei com ninguém ontem, depois de uma noite inteira de sexo eu teria que ser muito garanhão para satisfazer outra mulher da mesma forma que fiz com você.— Ah... me poupe, vai me dizer que alguns beijinhos e uns amassos não rolou.— Isso é traição?— Vá se ferrar — Helena tenta se afastar, mas é puxada por ele.— Ficou com ciúmes?— Me solta!— Faltou uma coisa — Ele a segura pela nuca — O meu beijo de bom dia — ele a beija em seguida.Helena o empurra com raiva, ela jamais o deixaria brincar com os seus sentimentos. Ele sabia que ela gostava dele, pois havia lhe confessado os seus sentimentos. Felipe não tinha o direito de se aproveitar disso, esfregando na cara dela que ela era substituível. Ele, com certeza, tinha ciência que despertaria ciúmes nela, mas mesmo assim ele levou a tal de Bruna para o seu escritório e namoraram ali, como se ela não estivesse sentada do lado de fora da sala, e ainda por cima, queria que ela ficasse esperando para ver a cara de satisfação dos dois, talvez ele ainda tivesse a coragem de chamá-la para dormir com ele. — Não sou seu brinquedo Felipe, não confunda as coisas. Não vou deixar você brincar comigo. — Ela sai da sala e vai direto para o banheiro, já que o seu batom estava todo borrado. Não sentia vontade de chorar, a única vontade que sentia no momento, era dá na cara dele, tamanho era a sua raiva. Felipe queria apenas fazer Helena sentir ciúmes para que ela pudesse aceitar ma
Helena estava indo para o ponto do ônibus quando o seu telefone toca "Felipe". Ela pensa em não atender, mas sabe que ele vai continuar insistindo. — O que você quer? — Pergunta sem muita paciência.— Onde você está? — Pergunta Felipe sem lhe dar confiança.— No ônibus. — Mente na cara dura.— Desce e me passa a localizacao, eu preciso conversar com você. — Acho que não temos nada para conversar.— Prometo que será a nossa última conversa, se assim você desejar, é claro. — Helena é capaz de vê-lo com um sorriso zombeteiro nos lábios.— Tudo bem, eu estava indo para o ponto de... — Antes que ela termine de falar Felipe para o carro a sua frente.Depois que ela entra no carro ele segue sem nem lhe dirigir uma palavra, logo ele entra na garagem do prédio onde mora. — Não havia necessidade de me trazer ao seu apartamento. — Helena cruza os braços, se negando a sair do carro. —Deixe de bobagem, vamos apenas conversar, prometo que não vou te tocar. Felipe desce do carro e a espera pert
Helena, por um momento, não sabe o que dizer. Dúvidas tentam a impedir de aceitar a louca proposta de se casar com alguém que só a quer na cama e não no coração, será que está preparada para enfrentar um casamento assim? Se pergunta. — Me desculpe se demonstro ser uma pessoa fria, mas eu prefiro ser honesto com você agora, para não haver cobranças amanhã. Não quero te fazer juras de amor e depois te decepcionar por não conseguir corresponder. Não prometo nada, apenas ser fiel, não terei relações com mais ninguém além de você, sexo será apenas com você, pois sabe o quanto me satisfaz. Somos perfeitos na cama, adoro quando está totalmente entregue em meus braços, adoro ouvir os seus gemidos que são como canções afrodisíacas aos meus ouvidos. Mas isso é tudo, como eu te disse, não sei até quando esse encanto irá durar. Eu só sei que não quero deixar você ir, não quero me privar de você, de sua boca, de seu toque, do seu corpo, você se tornou um vício para mim. — Não posso ser apenas a
Quando eles voltaram da lua de mel Helena entrou na auto escola, segundo Felipe ela precisava aprender a dirigir para ter o seu próprio carro, e assim ele fez, assim que ela passou nos exames, lhe presenteou com um carro lindo e moderno. Na hora de estreiar o carro, ela estreiou com Daniela que já sabia dirigir e já tinha o seu próprio carro, mas quis se juntar a amiga. — Onde está Felipe? — Daniela perguntou quando Helena chega na casa dela para buscá-la. — Eu nem imagino. Como estava no contrato ele sai sem se preocupar em me dizer onde está indo. — Você não pergunta? — Prefiro não perguntar e sair também. — Ela olha para Daniela e sorri, mesmo que não esteja tão feliz assim — Vamos aproveitar que Murilo está trabalhando, e curtir o dia, hoje é tudo por minha conta. — Huhu... então vamos embora curtir o carrão que ganhou do marido "bonzinho" — Daniela faz aspas com os dedos para o bonzinho.Depois de almoçarem em um restaurante a beira mar em Copacabana, elas seguem para o Corc
No aniversário de um ano de casados, Helena pensou que Felipe se lembraria da data e resolveu fazer uma surpresa. Antes de ir embora ela passa no escritório dele e pede para que não chegue tão tarde em casa. Ela prepara um jantar especial e arruma uma linda mesa para dois, vestiu uma lingerie nova e um longo vermelho com um ousado decote. Espera ansiosa por ele, afinal era o primeiro aniversário de casamento, mas as horas se passam e é madrugada quando Felipe chega. A mesa ainda está do mesmo jeito e o vestido jogado na poltrona no quarto. Felipe havia se esquecido da data, só lembrou quando viu a mesa arrumada ao entrar em casa. Quando chega no quarto vê Helena acordada, mas ela não diz uma única palavra. Felipe prefere não tocar no assunto, de nada adiantaria pedir desculpas por ter esquecido da data. Depois de tomar um banho ele se deita ao lado dela e a puxa para si, mas dessa vez ela diz não está se sentindo bem, alegando está com cólica lhe vira as costas. Pela primeira, e únic
A primeira discussão só fez eles se afastarem mais um pouco. Helena não queria se divorciar, mesmo já estando cansada do desprezo do marido, onde ele só a olhava na cama e quando alguém a olhava de forma diferente, que ele encontrava motivos de gritar com ela, e as discussões sempre acabavam na cama.Helena tentava um diálogo, mas nem mesmo no trabalho era possível, já que só falavam assuntos relacionados ao trabalho, era como se eles não fossem casados, nunca houve uma comemoração de aniversário de casamento. Nos aniversários de Helena ela passava com os pais e os amigos, os pais dela nem perguntavam mais por ele. Diana ainda tentou conversar com a filha, mas Helena disse está tudo bem. — Eu só não quero que você esteja infeliz.— Eu não estou mamãe, a gente tem as nossas diferenças, mas conseguimos nos entender, eu amo o meu marido e sou feliz por está casada com ele. Entre sexos e discussões, eles completaram três anos de casados, Helena conheceu a família dele em uma festa da em
Felipe anda de uma lado para o outro, 'como assim ela vai embora, ela não pode fazer isso' Ele liga para o amigo avisando que não poderá ir a festa que haviam planejado em um iate, ele pensa em ligar para Bruna, já que havia combinado com ela de se verem, mas muda de ideia, que ela esperasse. Quando Helena sai do banheiro tem os olhos vermelhos, assim como o nariz. Ela não esperava encontrar Felipe no meio do quarto, como se estivesse esperando ela sair do banheiro. — Helena...— Por favor Felipe... — Ela não consegue esconder a voz rouca pelo choro. — Helena me escute. — Nada do que disser apagará o que eu precisei suportar por três anos. — Ela fica de frente para ele — Eu não estou te culpando, a mais errada de toda a história fui eu mesma, por achar que te amar era o suficiente.— Você ainda me ama? — Felipe pergunta ansioso, com medo da resposta.— Isso não importa mais. — Ela se afasta entrando no closet, ela pega uma calça jeans e veste, decide por o bendito sutiã, já estava
Marina volta para a sua sala e tenta esquecer a cena que viu. Chega, não iria mais sofrer por alguém que não merecia. Estava arrumando as suas coisas para ir embora, quando a porta de sua sala se abre. — Precisamos conversar.— Estou indo embora, acabou o meu horário de trabalho. — Você é a minha esposa. — Ela olha para Felipe e sorri com escárnio.— Pensei que fosse só eu que acreditasse nessa mentira. — Helena, eu não tenho nada com Bruna.— Você quer mesmo que eu acredite nisso? — Felipe se aproxima dela — Felipe, eu cansei, apenas isso. Chega, eu não quero mais me iludir que tenho um marido e um casamento feliz, não sou mais a mesma jovem boba que casou com o seu grande amor. Eu cansei de te esperar com cheiro de perfume de outra e ainda me entregar para você.— Eu sei que agi errado, mas tente entender. — Felipe, aqui na empresa sou apenas a sua funcionária, ninguém nunca me viu como a sua esposa, mesmo todos sabendo que éramos casados. A sua família nunca me viu como a sua mu