Não posso te deixar partir...
Não posso te deixar partir...
Por: Dynha Henry
Capítulo 1

Uma chuva fina caia naquela noite, Helena é capaz de escutar o tic-tac do relógio da sala, já perdeu a conta de quantas vezes olhou pela janela com a esperança de ver um farol se aproximando, ou mesmo um carro estacionando. Mais nenhum sinal do marido, não era a primeira vez que isso acontecia, mas ela não conseguia se acostumar com essas demoras, provavelmente chegaria com um cheiro de perfume diferente, mas ela não perdia mais tempo questionando, já que ele nunca respondia.

'Três anos casada com quem não me ama' ela pensa enxugando uma lágrima que teima em descer por seu rosto, a verdade é que se sentia cansada de insistir nesse casamento sem perspectiva. Será que valia a pena sacrificar o seu amor próprio por um homem que só a via como um objeto sexual, talvez tenha aceitado por muito tempo essa situação, fazendo com que ele se acomodase com a facilidade que tinha em tê-la sempre disponível para ele.

Helena conheceu Felipe quando fez estágio em sua empresa de publicidade e marketing. Suspirava sempre que esbarrava com ele durante o horário de trabalho, mas nunca foi notada por ele, era como se ela fosse invisível para ele. Na época ele era casado com Karen, uma mulher exuberante, loira e linda. Karen sempre estava na empresa, bem vestida e com uma maquiagem perfeita e impecável, não tinha quem, não a achasse linda. Por vezes Helena a invejou pela beleza, elegância ao se vestir e até no andar. Karen era aquela mulher que atraia os olhares de todos os homens, já ela era sem graça e esquisita, como alguns amigos mais sinceros diziam, sempre a aconselhando a se vestir melhor.

Mas o que mais causava a inveja de Helena, era Karen ser casada com Felipe, aquele Deus grego. Helena achava Felipe lindo e perfeito, moreno alto de cabelos negros e olhos de um intenso azul. Felipe e Karen, pela beleza, era um casal perfeito, mas pela demonstrações de carinho entre entres, podia-se dizer que eram um casal frio e sem amor. Nunca fizeram nenhuma demonstração de um casal feliz e apaixonado.

Helena, na época que começou o estágio, estava com 19 anos, usava os cabelos curtos e usava óculos com uma armação grande demais para o seu rosto pequeno. Sempre pensaram que ela fosse uma jovem feia e desengonçada, e ela não fazia questão de mudar essa opinião. Os óculos impediam que as pessoas vissem os seus olhos cor de mel, seus cabelos curtos não eram penteados de acordo com o corte e as suas roupas, na época, também não a valorizava, já que as suas calças eram largas, como se fosse um número maior e o blaser gigante, ganhados de sua tia acima do peso. As roupas que usava escondiam as belas curvas do seu corpo.

Felipe tinha uma agência de publicidade e marketing, e a sua esposa Karen era a modelo principal da agência, com a beleza que tinha não podia ser diferente, Helena sempre pensava, quando a via nos anúncios e comerciais. Mas tanta beleza nao impediu que Felipe se divorciasse dela, Helena ainda podia se lembrar do dia em que Felipe a expulsou da agência, a arrastando pelo braço até o elevador. Nesse dia, nem em seus sonhos, Helena acreditou que ele se voltaria para ela e que em menos de um ano estariam casados.

Estava perdida em seus pensamentos quando escuta a porta se abrir, ela corre para receber o marido que apenas a olha e passa por ela sem lhe dirigir uma única palavra. Ela o segue até o quarto, ele entra no banheiro e nem se dá o trabalho de fechar a porta, tira a roupa e entra no chuveiro, é como se ela não estivesse ali, até quando lutaria por um casamento, aparentemente, sem futuro.

— Você vai querer alguma coisa? —Ela pergunta, mesmo sabendo a resposta, o silêncio —Não me canso de ouvir a sua voz — Ela debocha, e assim consegue que ele a olhe.

— Eu não sei porquê você fica me esperando acordada.

— Talvez por eu ser uma idiota? — Ela dá um sorriso triste. — ou por eu ser a sua esposa.

— Helena, espero que você não tenha me esperado para discutir.

— Discutir? Nem isso a gente faz — Responde juntando a roupa dele para colocar no cesto.

Felipe acaba o seu banho e segue para o closet apenas com uma toalha enrolada na cintura, quando sai já está vestido com a calça do pijama. Helena fica o olhando e o vê sair do quarto, a vontade que tem é ir atrás dele, mas a verdade é que já está cansada daquela frieza. Ela tira o vestido que estava vestida e veste a sua camisola.

No espelho do closet ela se olha de corpo inteiro. Não se acha feia, pelo contrário. Com os seus 23 anos está com os seus cabelos negros até o meio das costas, são lisos com alguns cachos nas pontas, aposentou os óculos e agora usa lente, os seus olhos cor de mel pode ser admirados por todos que a olham nos olhos. Está vestida com uma camisola de seda preta, com detalhes em renda, era curta e deixava as suas coxas expostas. As suas coxas são bem torneadas, já que gosta de praticar exercícios físicos, os seus seios são médios, e ela sabe que Felipe gosta de tocá-los, um arrepio percorrer o seu corpo só em pensar no toque do marido em seu corpo. Sua cintura é delicada e o seu quadril é bem desenhado.

Ela decide ir para cama tentar dormir, mas quando Felipe se junta a ela, demonstra não ser essa a intenção dele. Ele a puxa para si e acaricia a sua cintura por cima do tecido da camisola, eles se olham e nada é dito, mas logo as suas bocas se unem e eles se perdem no fogo que incendeia aquele momento. A camisola não demora a ir para o chão e Helena não demora a sentir o seu seio ser sugado, com uma língua brincando em seu mamilo.

— Delicia... — Sussurra quando Felipe modista com carinho o bico intumescido.

— Você me quer? Diz que me quer, eu gosto de ouvir.

— Sim amor, eu quero você.

— Repete! — Felipe ordena, se posicionando entre as pernas dela a olhando nos olhos — Repete que você me quer.

— Eu quero você, te quero dentro de mim... Óhhhh — Antes que ela termine a frase já o tem dentro dela.

Ele sabe como satisfazê-la. Na cama eles se entendem perfeitamente, talvez tenha sido esse o único motivo dele a pedir em casamento ao final de uma semana inteira de sexo. Dois meses depois ela já estava na casa dele, dividindo a mesma cama onde transavam todos os dias. E assim se passaram três anos, onde só se entendiam no quarto.

— Você é muito gostosa, você é perfeita. — Felipe sussurra ao seu ouvido ao tê-la de costa para ele, rebolando e gemendo alto, o deixando louco.

Quando a satisfação chega para os dois, Felipe segue para o banheiro e Helena fica buscando forças nas pernas para tomar um banho. Ela queria que ele a levasse no colo e a banhasse, como lia nos romances que costumava ler, mas isso só foi feito uma ou duas vezes, na semana em que estiveram juntos na viagem pela agência.

Quando Felipe volta para a cama, Helena se levanta para tomar o seu banho, já que o sono está quase a vencendo. Voltando, se deita para dormir, Felipe parece está dormindo, mas ao se deitar é puxada por ele, que cola o seu corpo ao dela, e assim eles domem como em todas as noites, abraçados.

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