O homem que sempre mantinha uma postura fria em público deixou escapar um leve sorriso assim que me viu.
Nosso filho correu direto para os meus braços, mas, ao notar o sangue no dorso da minha mão, arregalou os olhos, preocupado.
— Mamãe. O que aconteceu com a sua mão? Alguém machucou você?!
Aquela única palavra, "mamãe", ecoou pelo salão.
De imediato, senti uma onda coletiva de espanto atrás de mim, o som de dezenas de pessoas prendendo a respiração ao mesmo tempo.
Os convidados que há pouco me olhavam com desprezo agora estavam boquiabertos, incrédulos.
Meu filho sempre percebia qualquer mudança no meu humor. Isso ele tinha herdado totalmente do pai.
O carinho dele me envolveu como um abraço quente, dissipando toda a angústia que eu sentira mais cedo.
Apertei o pequeno contra o peito e beijei sua bochecha macia.
— Mamãe está bem.
Mas ele segurou minha mão com cuidado, o rostinho todo preocupado. Soprou devagarinho sobre o machucado, como se pudesse espantar a dor.
— Sopra, soprar cur