O rosto dele estava tão inchado que parecia o focinho de um porco. Fiquei imediatamente em alerta, apertando os dedos, vigilante.
— Como você descobriu onde eu estava? O que veio fazer aqui? — Perguntei.
Para conseguir escapar dos seguranças e chegar até o meu quarto, Bruno certamente teve que se virar e muito. A lembrança do olhar insano de Isadora fez meu coração disparar.
Bruno percebeu meu recuo e tentou se justificar.
— Floriana, não precisa ter medo. Eu não vim te machucar. Eu só… — Começou ele.
Dei dois passos para trás, impaciente.
— Só o quê? Fala logo. — Exigi.
Ele respirou fundo e me encarou com uma expressão amarga.
— Floriana, eu já disse… Eu só me casei com a Isadora pra conseguir um registro na cidade grande pro meu filho. Mas quem eu sempre amei… Sempre… Foi você. — Declarou ele, com a voz trêmula. — Saber que você se casou com outro homem… que teve filhos com ele… isso me cortou por dentro. Eu sei que fui arrogante, que te machuquei, que não te dei valor… Mas eu posso