Por mais frio, impiedoso e implacável que Ricardo parecesse aos olhos do mundo, eu sabia melhor do que ninguém que ele jamais permitiria que eu ou nosso filho sofrêssemos o mínimo arranhão. Desta vez, meu ferimento certamente o deixou se culpando profundamente.
Apesar de Sabrina contar tudo como se Ricardo fosse um verdadeiro demônio, eu não sentia o menor medo. Afinal, tudo aquilo era apenas o retorno justo das escolhas deles. Quem faz mal aos outros, mais cedo ou mais tarde, paga o preço.
O que realmente me preocupava era o meu filho.
Tão pequeno, tão frágil…
Será que vivenciar algo assim poderia afetar sua mente?
Eu ainda queria conversar mais com Sabrina quando a porta do quarto se abriu com força. Ricardo e nosso filho entraram apressados, ambos com o rosto iluminado ao me ver acordada.
Meu pequeno não perdeu tempo. Empurrou a Sabrina para o lado e correu até a minha cama, agarrando minha mão com força.
— Mamãe, como você tá? Tá se sentindo melhor? — Perguntou ele, aflito.
Ricardo