📍 Dia 1 do pós-reality – 09h03 | Mansão contratual da produção, Hidden Hills, Califórnia
Beatriz abriu os olhos ao som de um drone passando rente à janela. Instintivamente, puxou a cortina, mas já era tarde: uma lente de 12 milímetros tinha registrado o que parecia ser uma silhueta nua em lençol de linho egípcio.
Suspirou. O reality tinha acabado — na teoria.
Na prática? Era agora que começava.
Caio apareceu na porta do quarto com uma caneca de café na mão e o cabelo amassado de quem ainda não entendeu se ganhou uma esposa… ou uma parceira de negócio.
— “Tem drone até no banheiro ou é impressão minha?”
— “Não reclama. Pelo contrato, cada segundo nosso aqui pode render seis dígitos em merchandising.”
Ela levantou da cama, enrolada no lençol, o cabelo com ondas naturais de quem fez escova antes de dormir só pra acordar linda sem parecer forçado. Cheirava a perfume caro com notas de jasmim e ameaça.
— “Se me prometer silêncio e café na cama, eu deixo colocarem mais uma câmera no closet.