IVY CARTER
Eu não fazia parte da família dele, e, sinceramente, nem sabia onde sua família estava. Na verdade, não havia ninguém a quem eu pudesse recorrer. Talvez algum funcionário antigo soubesse de algo, mas isso teria que esperar. Antes de tudo, eu precisava me livrar dessas roupas que cheiravam fortemente a uísque.
Saí do hospital depois de escutá-los repetirem pela milésima vez: “Apenas para familiares.”
Infelizmente, eu não era uma. Nem ao menos conhecia alguém que fosse.
Chamei um táxi e informei meu endereço atual. Assim que cheguei em casa, fui direto para o chuveiro. Deixei a água escorrer por mim como se pudesse lavar o medo e o desespero que me cercavam. Vesti uma roupa limpa, confortável, e comecei a revirar a casa, procurando qualquer número, qualquer contato que me ajudasse a encontrar alguém próximo a ele. Mas não havia nada. Ninguém nos contatos do telefone. Ninguém que eu conhecesse. Apenas um número listado como “Emergência”.
Engoli em seco. Respirei