DANTE KINGSTON
Os analgésicos que a Marina me deu fizeram seu efeito. Talvez só por esta noite eu possa esquecer o que estava me incomodando. Talvez, só por esta noite, eu possa desfrutar da companhia dela.
— Ainda com frio? — ela perguntou, ajeitando os cabelos sobre o ombro nu.
— Não. Não mais. Graças a você, Marina.
Ela deu um sorriso irônico, brincando com a ponta da coberta.
— Então... você finalmente vai me chamar só pelo meu nome?
— Eu gosto de chamá-la de Srta. Marina. Isso acrescenta um charme.
Ela riu baixo, inclinando a cabeça.
— Você é um flertador.
— Não estou tentando flertar, Marina. Estou falando a verdade. Não consigo te esquecer, nem por um instante. Como poderia? Acho que sou eu quem é fácil de esquecer.
Toquei suavemente sua bochecha. Ela fechou os olhos por um segundo, se inclinando contra meu toque.
— Não sei, Dante... Talvez então eu precise ter certeza de que você realmente não vai me esquecer.
— E como você pretende fazer isso? — pergun