DANTE KINGSTON
Meu telefone tocou no meio da noite. E eu mal tinha dormido. O motivo era ela que não estava ao meu lado e a dor não estava ajudando muito. A maior parte dos meus dias agora é preenchida com trabalhos que perdi.
— Você sabe que horas são, Srta. Marina? — perguntei, irritado.
— Sim, exatamente meia-noite e quinze — disse ela, com toda a sua audácia.
— É assim que trata seu chefe, Srta. Marina? Você não teme pelo seu emprego?
— Estou fazendo o meu trabalho, Sr. Kingston. O senhor não me disse que eu deveria lhe dar um relatório diário? — perguntou ela. No meio da noite? Ela sabe mesmo como me torturar; acho que está me punindo por algo que não fiz. — Ou talvez você não tenha interesse em saber o estado da sua sobrinha, afinal você ordenou isso para que eu não possa ficar perto de você.
— Do que você está falando? — perguntei.
— É exatamente o que você ouviu, Sr. Kingston.
— Você está muito enganada sobre isso, Srta. Marina. Ótimo, então quer ser minha assistente?