Engoli em seco e cruzei os braços, para disfarçar meu tremor. E não sei se era por causa do que ele disse ou porque cada vez mais, a ansiedade e medo tomavam conta de mim.
— Ainda assim, voltaremos a viver como antes. – Aster disse – E iremos abrir aqueles livros que não podem ser abertos. – Brincou.
— O livro do nunca – lembrou – Eu vou ler para todos vocês.
— Quero que saiba que te amamos do tamanho do mundo – Simone deixou claro – E estaremos torcendo o tempo todo por você, mesmo não estando lá, junto.
— Eu sei, tia Simone. Eu também amo vocês. Eu vou ficar bem. E quero outra festa de aniversário, igual àquela que os meus amigos foram.
— Você terá muitas festas, garotão! – Aster garantiu. – E não só de aniversário. Quando estiver liberado pelo médico, prometo que faremos uma festa gigantesca. Vai ter balões, bolo, brigadeiro e fogos de artifício coloridos.
— E eu vou tocar uma música.
— Isso aí. – Simone concordou.
— Eu e o meu pai. Eu... nunca toquei com o meu pai.
— Eu tenho cert