Eu estava muito nervosa para aquele momento. Sabia que o meu coelhinho se sairia bem no transplante e daria tudo certo. Ainda assim, doía ver uma criança tão pequena ter que ficar tanto tempo longe dos entes queridos.
Quando abri a porta para confirmar se já poderia levar Jimi, deparei-me com Fred. Nossos corpos quase se chocaram, me deixando ainda mais nervosa do que já estava. O poder que aquele homem exercia sobre mim era inexplicável.
Levantei a cabeça e o encarei:
— Achei que não viria.
— Por qual motivo eu não viria? Teria algo mais importante para mim do que despedir-me do meu filho?
— Ele quer tocar guitarra para você.
— Eu sei. Jimi e eu já conversamos sobre isso.
— Vou pedir uma única coisa a você.
— Pode pedir qualquer coisa. Eu sempre farei o que solicitar, coelhinha.
— Não decepcione meu filho.
— Jamais farei isto. Embora você deteste este fato, ele também é meu filho.
— Eu... nunca disse que detestava. – As palavras dele doeram. Porque sim, Fred havia feito tudo errado a