Senti meu coração acelerar e caminhei de forma automática até a porta, parando ao lado de Simone.
No último degrau, o homem de terno impecável e postura ereta, com uma pasta de couro sob o braço perguntou:
— Qual das duas é a senhora Romanova?
— Eu. – falei de imediato.
— Trago uma comunicação judicial para você.
Peguei o documento que ele me entregou. Enquanto meus olhos percorriam as linhas digitadas, meu mundo pareceu ficar ainda menor do que já era, como aqueles que eu desenhava na escola... o Planeta Terra que cabia numa folha A4 e uma pessoa andando sobre ele que equivalia ao seu tamanho. A pessoa era eu. E parecia que já não tinha mais espaço para mim no mundo.
Era uma petição, protocolada por minha própria mãe adotiva, Irene Romanova. O motivo era claro: um pedido formal para eu f