Embora eu tenha recusado inúmeras vezes, Aster quis me levar em casa. Então, pela primeira vez, entrei em um carro de luxo, aquele que tinha no capô a estatueta de uma mulher com o corpo inclinado para frente e os braços estendidos para trás, dando a impressão de que sairia voando.
O interior dele parecia um mundo à parte. Tudo era silencioso e amplo. Dava a sensação de paz profunda, como se o mundo lá fora tivesse sido desligado. As poltronas eram largas, feitas de couro macio que mais parecia pele. Meu corpo afundou de forma confortável e pensei no quanto seria bom se a minha cama tivesse ao menos metade do conforto daquele banco.
O teto era forrado com uma espécie de veludo e, de forma involuntária, toquei-o, sentindo a suavidade. Haviam pequenas luzes que se assemelhavam a um céu estrelado.
— Não é a sua primeira vez num Rolls-Royce. – A