Salvatore chegou em casa no início da noite, cansado, mas com o coração leve — era estranho como estar ao lado de Olivia parecia acalmar tudo dentro dele. Encontrá-la havia mudado o rumo de sua vida, ainda que ele demorasse a admitir isso até para si mesmo.
  Ele fechou a porta atrás de si e colocou as chaves sobre o móvel da entrada. Seus olhos buscaram imediatamente por Olivia, e ele a encontrou sentada no sofá, com uma xícara de chá entre as mãos e uma expressão serena, embora distante.
  — Como foi no hospital? — perguntou direto, sentando-se ao lado dela. — Vi o bilhete.
  Olivia sorriu de leve, mas o olhar dela baixou para a xícara.
  — O exame deu tudo bem — disse, tentando manter a voz firme. — O médico falou que provavelmente foi alguma coisa que eu comi que não fez bem para o meu estômago. Nada sério, só um desconforto passageiro.
  Salvatore assentiu devagar, ainda observando-a com cuidado.
  — Você ficou assustada?
  Ela hesitou um segundo antes de responder.
  — Um pouco.