Ela se afastou com a mesma leveza com que havia se aproximado, como se o mundo girasse no ritmo que ela decidia. Salvatore não se mexeu. Não respondeu. Apenas observou — e isso já era perigoso o bastante.
A bala de café repousava ali, solitária, como uma provocação silenciosa.
Ela está brincando com fogo.
Ele inspirou profundamente, controlando o impulso de ir atrás dela e dizer... o quê? Que ela parasse? Que aquilo era imprudente? Que ele não podia lidar com mais distrações? Que ela o deixava desarmado de um jeito que nenhuma arma conseguiria?
Seria ridículo.
Mais ridículo ainda foi o fato de ele estender a mão e pegar a bala.
O papel fazia um leve estalo entre os dedos enfaixados. Um gesto simples, inofensivo — mas que o irritava profundamente porque, no fundo, ele sabia o que significava: ela estava testando limites. E ele... estava deixando.
Ele se sentou no banco. Passou a mão pelo rosto suado, tentando afastar o calor que subia não só do treino. Bolt apareceu do ou