O som constante dos monitores cardíacos preenchia o ambiente frio da sala de emergência. O corpo de Rafael permanecia imóvel sobre a maca, respirando com auxílio de oxigênio, o rosto marcado por arranhões e hematomas do acidente. Cada segundo parecia pesar como horas para quem o cercava.
Gustavo, de jaleco branco, observava atentamente os exames iniciais. A equipe corria de um lado para o outro, mas era sua presença firme que guiava todos os movimentos.
— Vamos iniciar os exames de imagem para descartar fraturas internas — disse com voz firme. — Monitoramento contínuo da pressão e saturação.
Ele se aproximou de Rafael, segurou por um instante a mão do amigo, gesto silencioso, mas carregado de emoção.
— Aguenta firme, cara… você ainda tem muito o que viver.
Poucos minutos depois, passos apressados ecoaram no corredor. O pai de Rafael surgiu na entrada da emergência, o semblante rígido tentando disfarçar o desespero. Gustavo foi ao encontro dele imediatamente.
— Gustavo — disse o homem,