O silêncio entre eles parecia pulsar. O ar estava carregado, pesado demais para se fingir de neutro. Um beijo que incendiou memórias, que quebrou muralhas, mas também reacendeu medos.
Rafael apenas a envolveu em seus braços, a postura firme, os olhos fixos. Quando afastou os lábios dos dela, pousou a mão sobre o queixo dela, erguendo-o com suavidade.
— Isa… — murmurou, a voz grave. — Eu não aguento mais essa distância entre nós.
Ela respirou fundo, o coração disparado. Antes que pudesse protestar, os lábios dele tomaram os seus outra vez. Foi um beijo mais profundo, quente, faminto. O corpo dela respondeu antes mesmo que sua mente pudesse reagir. As mãos de Rafael deslizaram por sua cintura, aproximando-os ainda mais, e um arrepio percorreu-lhe a espinha.
Quando o calor já tomava conta de tudo e o corpo dela parecia prestes a ceder completamente, Isadora o empurrou com suavidade, o rosto corado, a respiração acelerada.
— Rafael… não podemos… não aqui — disse, com a voz trêmula.
Ele se