O coração de Isadora parecia prestes a explodir. Cada passo que dava para longe da clínica era impulsionado pela dor, pela raiva, pelo sentimento de traição que queimava em seu peito. A cena que presenciara não saía de sua mente: Rafael nos braços de Patrícia. O beijo roubado. A surpresa nos olhos dele quando percebeu sua presença.
Ela mal percebia para onde ia quando sentiu um braço firme segurando-a. Era Thiago, que a olhava com preocupação genuína.
— Isa! — ele segurou seus ombros, inclinando-se para enxergar seu rosto banhado de lágrimas. — O que aconteceu? Você está pálida, parece que vai desmaiar.
— Não… não quero falar… — murmurou, a voz embargada.
Thiago não insistiu de imediato. Apenas a envolveu com cuidado, conduzindo-a até o carro dele. Abriu a porta, ajudou-a a se sentar e respirou fundo.
— Eu não vou deixar você sozinha desse jeito. Vem, vamos até um café. Você precisa de água, precisa respirar.
Ela não respondeu, mas tampouco resistiu. Estava anestesiada, como se a real