A madrugada parecia infinita. O silêncio da casa contrastava com o caos que se formava dentro de Isadora. O celular ainda vibrava em sua mão quando terminou de ler a mensagem.
“Se não sair da vida de Rafael, o bebê pagará o preço. Você realmente acha que pode protegê-lo? Quer que a história da antiga esposa dele se repita?”
O coração disparou, e por um instante, o ar pareceu desaparecer dos pulmões. Sentou-se na beira da cama, as mãos trêmulas sobre o ventre. Uma angústia sufocante tomou conta dela.
Os bebês.
Eles eram o alvo agora.
O suor frio escorreu pela sua nuca. A mente rodava em círculos, procurando uma saída, mas só encontrava becos sem saída. A lembrança da noite anterior — Rafael sorrindo, seus pais acolhendo-a como parte da família — agora parecia um sonho distante, quase cruel.
Ela ficou acordada até o amanhecer, andando de um lado para o outro no quarto como uma leoa enjaulada, tentando raciocinar, mas a única conclusão que vinha era a mais dolorosa: ir embora era a única