O sol ainda mal havia despontado no horizonte quando Rafael abriu os olhos. A claridade suave atravessava as cortinas do quarto, pintando as paredes de tons dourados. Ele virou-se para o lado, encontrando Isadora adormecida, com o rosto parcialmente coberto pelos fios soltos do cabelo. Sorriu sozinho, admirando a tranquilidade dela.
Aproximou-se, tocando de leve o ombro dela.
— Isadora… — a voz dele saiu grave, baixa, mas firme o suficiente para fazê-la se remexer. — Ei, dorminhoca… acorda.
Ela abriu os olhos devagar, ainda sonolenta. — Hum… que horas são?
— Cedo. Mas pensei… antes de irmos embora, que tal dar uma última volta por Paris? Só nós dois.
O convite arrancou dela um sorriso preguiçoso. — Se você prometer café no caminho, eu topo.
— Prometo tudo o que você quiser — respondeu, beijando-lhe a testa. — Vamos, vai ser rápido. Quero sair daqui já com as malas prontas, direto para o hangar depois.
Isadora se espreguiçou e levantou. Os dois começaram a se arrumar, trocando olhares