A penumbra do quarto contrastava com os sons suaves da chuva fina que batia contra a vidraça. Isadora hesitou antes de tocar a madeira da porta da suíte entreaberta. A intenção era apenas saber como Rafael estava após aquele silêncio repentino, mas nada a preparou para a cena que encontrou.
Ele surgiu diante dela com os cabelos ainda úmidos, gotas deslizando preguiçosamente por seu peitoral definido, e uma toalha branca envolvendo sua cintura. Rafael parou ao vê-la, e ela, incapaz de evitar, engoliu seco. O coração acelerou, o olhar preso naquele homem que, mesmo sem tentar, despertava nela sensações que lutava para conter.
Ele deu um passo em sua direção. Depois outro. Cada movimento sutil fazia seu corpo responder com arrepio, respiração presa e expectativa.
— Isa...
Sua voz veio rouca, entrecortada, como se fosse fruto de um desejo